Apoio técnico, maior distribuição de recursos e aumento no quadro
de pessoal, além de uma atualização no valor da verba de combustível. Essas são
algumas das demandas apresentadas durante as 11 Conferências Locais de Saúde
Indígena, que foram realizadas entre os meses de maio e agosto deste ano, nos
polos base de Manaus e municípios do interior do Estado Amazonas, com a
proposta de avaliar a situação e propor diretrizes para a formulação de
políticas públicas de saúde.
As quatro demandas serão somadas a outras e apresentadas pela
comissão local que coordena os trabalhos, durante a Conferência Distrital, prevista
para ocorrer nos dias 24, 25 e 26 de setembro em Manaus. O relatório final será
levado à Conferência Nacional, programada inicialmente para o período de 26 a
30 de novembro, em Brasília.
Tanto, as 11 conferências quanto as demais são realizadas
por determinação da Portaria número 2.357, de 15 de dezembro de 2012, do
Ministério da Saúde. Nos três níveis de discussão, o tema central é “Subsistema
de Atenção à Saúde Indígena e SUS: direito, acesso, diversidade e atenção
diferenciada”.
“Um dos objetivos é buscar compreender quais as necessidades
das populações e o que é possível ser feito para que todos tenham acesso aos
serviços, com qualidade e humanização”, resumiu o secretário executivo de
Planejamento da Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind), José
Mário Mura.
O órgão é um dos integrantes da comissão local, que é coordenada pelo Distrito Sanitário Especial
Indígena (DSEI/Manaus) e também é formada por membros do Conselho Distrital de
Saúde Indígena (Condisi/AM), da Fundação Nacional do Índio (Funai), do Núcleo
de Saúde Indígena da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e da União das
Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (Umiab).
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Chefe do Dsei-Manaus, Adarcyline Magalhães Rodrigues coordenou os trabalhos |
Nos últimos quatro meses, o debate chegou aos polos bases de
municípios como Autazes e Careiro Castanho; Manaus e Novo Airão; Itacoatiara,
Rio Preto da Eva e Urucará (ver quadro completo abaixo).
Estrutura
O Brasil possui 34 DSEIs, que representam a unidade gestora
descentralizada do Subsistema de Atenção à Saúde (SasiSUS). No Amazonas são
sete. O de Manaus localiza-se em uma área que vai desde a região metropolitana
da capital amazonense até o centro-leste do Estado do Amazonas. O distrito
atende a aproximadamente 24 mil indígenas, em 17 polos bases, distribuídos
entre os municípios de Manaus e entorno, Iranduba, Novo Airão, Manacapuru,
Itacoatiara, Urucará, Autazes, Nova Olinda do Norte, Borba, Manicoré, Berururi,
Careiro Castanho, Careiro da Várzea e Anamã.
Os outros DSEIs funcionam em Parintins, médio Solimões e
afluentes (Tefé), médio rio Purus (Lábrea), Vale do Javari (Atalaia do Norte),
alto rio Solimões (Tabatinga) e alto rio Negro (São Gabriel da Cachoeira).
Além dos DSEIs, a estrutura de atendimento conta com postos
de saúde, com os polos base e as Casas de Saúde Indígena (Casais).
Conferências Locais de Saúde
Indígena do Dsei-Manaus
realizadas no Amazonas em 2013
DATA
|
MUNICÍPIO
|
POLO BASE
|
PARTICI-
PANTES
|
24
e 25.05
|
Autazes/Careiro da Várzea
|
Murutinga
|
71
|
28 e 29.05
|
Manaus/Novo Airão
|
N. Sra. da Saúde
|
54
|
13 e 14.06
|
Itacoatiara, Rio Preto da Eva e
Urucará
|
Maquira, Beija-Flor e Urucará
|
93
|
18 e 19.06
|
Careiro/Castanho
|
Careiro/Castanho
|
55
|
21 e 22.06
|
Manaquiri
|
Manaquiri
|
48
|
26 e 27.06
|
Manacapuru e Novo Airão
|
Manacapuru
|
71
|
17 e 18.07
|
Borba
|
Igapó Açú e Costa do Ariri
|
74
|
24 e 25.07
|
Nova Olinda do Norte e Borba
|
Kwatá, Laranjal e Rio Abacaxis
|
151
|
30 e 31.07
|
Autazes
|
Pantaleão
|
85
|
6 e 7.08
|
Beruri e Anamã
|
Beruri e Anamã
|
90
|
15 e 16.08
|
Manicoré
|
Ponta Natal, Boca do Jauari e
Maici Marmelos
|
154
|
TOTAL
|
|
|
936
|
Fonte: DSEI/Manaus
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