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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Seind e Sempa discutem benefícios para indígenas de São Gabriel da Cachoeira


Titular da Seind,  Bonifácio José Baniwa fala de ações e de como elas podem ser executadas na parceria com o secretário Salvador Menezes (à direita dele). Fotos: Divulgação/Seind

A Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind) é um dos órgãos estaduais a firmar parceria com a Secretaria Municipal de Produção e Abastecimento (Sempa), de São Gabriel da Cachoeira (a 858 quilômetros de Manaus), com o objetivo de levar benefícios para os indígenas do município. As ações estão direcionadas principalmente à produção de farinha (agricultura), à piscicultura, com a reativação da estação de alevinagem nos distritos de Iauaretê, Pari-cachoeira e Escola Pamalli, e ao extrativismo. 

Uma das propostas é ampliar a oferta dos cursos de capacitação, que já são realizados pela Seind e parceiros em outras localidades, por meio do Comitê de Atuação Integrada entre o Governo do Amazonas e a Fundação Nacional do Índio (Funai).

O titular da Sempa, Salvador Menezes de Andrade, 36, do povo Baré, passou uma semana em Manaus e adiantou que a meta é firmar um termo de cooperação técnica com a Seind, para oficializar a parceria. Uma carta de intenção nesse sentido foi entregue ao secretário do órgão, Bonifácio José Baniwa. “O secretário recebeu a proposta e já deu um modelo de como fazer o termo de cooperação”, informou Salvador Baré. “Um dos principais desafios é melhorar o atendimento na assistência técnica”, completou.

Além de participar de reuniões na Seind, o indígena teve encontros com representantes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab/AM), do Fundo de Promoção Social (FPS), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror/AM).

A Seind deu todo apoio à Sempa nessas agendas cumpridas em Manaus. “A secretaria foi nossa facilitadora aqui nos contatos e também no apoio com o transporte”, disse o ex-presidente da Foirn e agora assessor para Assuntos Indígenas da Prefeitura de São Gabriel da Cachoeira, Abrahão França Baré, 49.

Folder do Comitê Gestor é apresentado aos representantes de SGC

A previsão é que seja instalada, ainda este ano no município, uma fábrica de vassouras de piaçava, com agregação de valores (aproveitamento do produto no artesanato indígena). “Essa iniciativa de estreitar relações, principalmente com a Sepror, é costurada desde que eu era presidente da Foirn e, graças a Deus, fomos bem atendidos pelo secretário Eron Bezerra, que prometeu nos apoiar na assistência técnica, na produção e no transporte para o escoamento do produto”, concluiu Abrahão.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Djuena Tikuna retrata a cultura indígena amazônica em festival no Paraná


Djuena se apresenta acompanhada do grupo Magüta. Fotos: Divulgação

Conhecida do público e presença constante em eventos realizados pelo Governo do Amazonas, entre os quais o Abril Cultural Indígena, a cantora Djuena Tikuna foi uma das representantes do Estado na 35ª Edição do Festival de Música Cidade Canção, realizado no período de 22 a 25 de maio, na cidade de Maringá (PR). Djuena se apresentou acompanhada do grupo Magüta, de Manaus, e encantou o público presente ao Teatro Calil Haddad na primeira noite, com a música “Ngetchautumau” (que significa Lamentação).

O festival foi organizado pelo Sistema Fecomércio, por meio do Serviço Social do Comércio (Sesc), e reuniu uma diversidade de sons e ritmos.  

O Femucic não teve caráter de disputa, mas poderá render bons frutos à artista amazonense. “Fui muito parabenizada pela organização do evento e até recebi proposta para que, provavelmente, a música Lamentação, que é tradicional do povo Tikuna, possa ser uma das escolhidas na gravação do cd oficial do festival”, disse Djuena.

Djuena considerou positiva a participação dela no evento, no sentido de poder divulgar a cultura indígena do Amazonas em outros estados. “Foi mais um passo importante no meu trabalho, pois lá fora quase ninguém conhece nossa cultura”, destacou a indígena, que já realizou apresentações em vários eventos culturais com temática indígena, em locais como Manaus, São Paulo, Mato Grosso, Maranhão e Distrito Federal.
Música Lamentação deve ser inserida no CD oficial do evento

O outro representante do Amazonas no Femucic foi o cantor e compositor Gonzaga Blants.  

Agenda gorda
Depois de participar do projeto “Canção da Mata 2013”, organizado pelo Sesc no início do ano, em Manaus, a amazonense ainda cantou na 3ª Edição do Abril Cultural Indígena, evento organizado pela Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind) e parceiros, antes de seguir para Bauru (SP), onde marcou presença no encerramento da 1ª Edição dos Jogos Indígenas do Interior de São Paulo.

Ainda neste mês de maio, a agenda de Djuena previa um show em São Luís, num evento do povo Guajajara.
Presença em Maringá é apenas uma das diversas participações em público, da cantora, neste primeiro semestre

Participação em vídeo
Djuena Tikuna tem 28 anos e é natural da aldeia Umariaçu 2, em Tabatinga (a 1.105 quilômetros de Manaus), no alto rio Solimões. A artista canta profissionalmente desde os 20 anos e, recentemente, gravou um vídeo promocional referente ao mês indígena para uma emissora de TV local.


Terceira edição dos Jogos Interculturais Indígenas celebra a cultura e o costume dos povos



Corrida de 80 metros também envolveu crianças indígenas na competição realizada na Zona Rural de Manaus. Fotos: Antônio Lima/Semdej

Um ritual na língua tukano para chamar o sol e abençoar a terra deu por aberta a 3ª edição dos Jogos Interculturais Indígenas, sábado (dia 25), na Comunidade do Livramento, localizada a 25 minutos de Manaus. A celebração, promovida pela Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Desporto, Lazer e Juventude (Semdej), reuniu uma média de 500 índios dos povos Baré, Tariano, Tukano, Miranha e Karapanã, que promoveram sua cultura e seus costumes por meio do esporte, da dança e da música.

“Nós pedimos aos nossos ancestrais energia e muito calor para tornar esta confraternização um momento proveitoso para todos. Hoje o que mais importa não são os resultados dos Jogos, mas sim a oportunidade de mostrar e valorizar nosso povo e nossa história. Nós precisamos criar possibilidades e apresentar ao mundo o que nossos antepassados deixaram de valioso”, disse o cacique Asterio Baré, que comanda há quatro anos a comunidade do Livramento, do Rio Tarumã e do Tarumã Açu.

Mergulho, canoagem, peconha, zarabatana, arco e flecha, arremesso de lança e cabo de guerra, corrida de 80 metros, corrida de saco, salto em distância, voleibol, futebol e natação foram as modalidades que movimentaram os jogos.
Elas se empenharam ao máximo pela vitória na corrida de saco

Para o coordenador do evento e gerente da Semdej, Eldo Gomes Cabral, a celebração conseguiu cumprir seu papel social.

“O Livramento é uma comunidade mista que precisa ser valorizada e nada melhor que o esporte para trazer isto a eles. Essa é uma reserva indígena que pertence a Semmas, por isso eles não podem vender nada aqui. Eles plantam e caçam para comer. Logo com os jogos aqui é possível eles mobilizarem sua economia e principalmente criar possibilidade para várias tribos. Este é um momento que valoriza estes povos e sua existência”, comentou o professor, ao confirmar a participação de 15 comunidades indígenas, totalizando uma média de 500 pessoas por dia nos jogos.
Apresentação cultural deu brilhantismo extra ao evento

Acostumados a correr no meio da mata, os indígenas tiveram de canalizar sua força e velocidade na corrida de 80 metros.  Na categoria masculina, Kleison Coelho marcou 8seg49 e tornou-se o vencedor da prova. O segundo lugar foi ocupado por Elvys Thomas (8seg49) e o terceiro por Lindrei Santos (8min97).

“Sou rápido como uma flecha”, disse Kleison, que é morador da comunidade Praia da Lua e aos 11 anos pilota todos os dias, por dez minutos, uma rabeta para chegar ao Livramento e estudar. O garoto cursa o quinto ano da Escola Municipal São José I e apesar de ter se destacado como velocista, “quando crescer” pretende ser jogador de futebol.

“Sei que existe o Princesa do Solimões (time amazonense de Manacapuru) e quero muito poder atuar nele. Gosto de futebol e só vou para a Cidade se for para ser jogador. Gosto de viver assim, no meio da mata. Aqui eu brinco e tenho meus pais por perto”, disse Kleison. 

Uma “piscina” sem borda
Água clara, com cloro, num tanque d´água.  Nada disso faz parte da realidade dos Jogos Interculturais Indígenas. Ao contrário. A “piscina” neste evento tem água escura, bichos e uma imensidão sem fim. Para enfrentá-la é preciso esperteza e conhecimento, e isso a pequena Jamiles Silva tem de sobra.

“Sempre me banho nesse rio. Já conheço e não tenho medo”, conta a menina de 11 anos, que não cansou de dar braçadas até o meio do rio Tarumã. Hoje, a pequena “usou” o rio para competir, mas no dia a dia ela se refresca ali antes de ir à Escola Municipal São José 1.

“Tem pessoas que quando visitam a gente, ficam com medo de entrar na água. Mas ela não faz mal a ninguém, nem os animais. Eu aprendi a nadar aqui e vou até o fundo, mas é preciso ser rápido”, destacou a pequena.

Livramento 1 leva a melhor no campo
O esporte mais popular do mundo não poderia estar fora dos Jogos Interculturais. Com as equipes da casa se enfrentando - Livramento 1  e  Livramento 2 - o público ficou bastante dividido na hora de torcer. E as equipes não decepcionaram, protagonizando uma partida repleta de suspense.  O jogo que terminou empatado (1 a 1), foi para os pênaltis e o Livramento 1 foi que se deu melhor ao balançar cinco vezes a rede, enquanto a adversária marcou quatro. Os gols que garantiram a vitória vieram de Alexandre, Elvys, Paulo, Vitor e Elton.

Mas o futebol não faz só a cabeça dos indígenas pequenos, a esposa do cacique, Yakusana, da tribo Mayoruna, treina uma média de 30 meninos que compõem a Livramento e a Livramento 2. Segundo ela, em três anos, as duas equipes nunca perderam para os times das outras comunidades. Por isso, são temidas no campo.

“Tenho uma responsabilidade muito grande por ser a mulher cacique e desempenho um papel importante de técnica. Me sinto uma criança quando estou com esses meninos e é a melhor sensação do mundo. Eles tem potencial e não duvido que alguns daqui poderiam ocupar grandes times. Eles revelam nossa dignidade força e luta. São nossos guerreiros em campo e este é o melhor lazer deles”, afirma Yakusana, que é casada há 17 anos com Asterio Baré e é mãe de sete filhos.
Servidores da Prefeitura de Manaus e indígenas que participaram dos jogos


Fonte: Secretaria Municipal de Desporto, Lazer e Juventude (Semdej)

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Tefé ganha Secretaria Municipal Indígena


A luta pela demarcação de terra e o reconhecimento por uma educação diferenciada estão entre as prioridades da Secretaria Municipal de Assuntos Indígenas de Tefé (a 525 quilômetros de Manaus). A entidade foi regulamentada no último dia 21, com a proposta de atender às principais demandas e promover o etnodesenvolvimento em 19 aldeias, divididas entre indígenas dos povos Kambeba, Kokama, Tikuna e Kaixana.

O titular da Semait é Arivaldo Gomes Pacaio Kambeba, 39, que também pretende dar uma atenção especial à questão da saúde indígena naquela localidade, além de viabilizar a realização de diversos cursos de capacitação e outros benefícios, com apoio do Comitê Gestor de Atuação Integrada entre o Governo do Amazonas e a Fundação Nacional do Índio (Funai).

Em visita à Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind), em novembro do ano passado, o prefeito Antenor Paz (PSD) já havia garantido apoio para a criação da nova secretaria e até para a realização de um seminário de planejamento, para que o trabalho seja realizado em conjunto com várias instituições.

“No dia 4 de janeiro nós realizamos a Reunião do Movimento Indígena de Tefé e, na ocasião, com a presença dos comunitários convidados pelo próprio prefeito, foi dada abertura para que eles falassem o que queriam”, informou Arivaldo Kambeba. “E eles queriam a secretaria, contudo, nosso trabalho começou antes mesmo da criação do órgão, com visita às comunidades para ver as demandas e prioridades”, acrescentou.

A Secretaria Municipal de Assuntos Indígenas de Tefé tem cinco servidores contratados e quatro voluntários, todos indígenas. O ideal é que esse número chegue a 27, de acordo com Arivaldo.

Uma das competências da Semait é coordenar as ações de governo voltadas às políticas indígenas, valorização da identidade e cultura das tradições dessas populações no município.

Outras secretarias
Além de Tefé, outras cinco cidades possuem secretarias municipais indígenas no Amazonas: Autazes, Atalaia do Norte, Alvarães, Benjamin Constant e Humaitá. Em outras localidades, os assuntos indígenas são tratados por meio de coordenação ou departamento.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Conferência de Povos e Comunidades Tradicionais do Amazonas nos dez anos da SDS

Detalhe da 3ª Conferencia, organizada pela SDS. Foto: Divulgação/SDS

Para marcar o aniversário de dez anos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), o Governo do Amazonas realiza, entre os dias 3 e 6 de junho, a na 4ª Conferência de Povos e Comunidades Tradicionais do Amazonas. O evento, que deve reunir 350 pessoas, entre ribeirinhos, produtores, pescadores e extrativistas, traduz a trajetória da SDS de buscar a criação e ampliação de espaços de discussão da sociedade na construção das políticas públicas ambientais.

A Conferência acontece durante a Semana do Meio Ambiente, das 9h às 12h, no Centro de Convenções Studio 5, na avenida general Rodrigo Otávio, 3555, bairro Distrito Industrial, zona sul. O evento tem por finalidade analisar as políticas públicas vigentes e propor perspectivas para os povos e comunidades tradicionais, a partir de um debate que tenha por base a realidade da região descrita por quem mora nas diferentes localidades.

Com uma programação variada, a Conferência vai abrigar, além de espaços de discussões acerca das políticas públicas ambientais elaboradas para o Estado, eventos paralelos voltados à geração de renda como a 1ª Feira dos Produtos da Sociobiodiversidade, que vai reunir 90 expositores, e a 2ª Mostra de Roupas e Acessórios Amazônicos. No mesmo período será realizado, ainda, o 2º. Encontro de Mulheres da Floresta, manifestações culturais, lançamentos de publicações, a apresentação do Master Plan da sede do Sistema SDS e a entrega do Prêmio Onça Pintada de Jornalismo.

“O diálogo durante essa década foi constante e transformador com produtores florestais, extrativistas, ribeirinhos, pescadores, agricultores familiares, pecuaristas, empresários, cientistas, associações, cooperativas, instituições governamentais e não governamentais, contribuindo para a formulação de políticas públicas próximas da realidade amazônica, assegurando a conservação aliada ao crescimento econômico. Esse evento confirma isso, pois estaremos reunindo todo esse público para discutir o que foi feito e os desafios que temos pela frente”, declara Nádia Ferreira, titular da SDS.

De acordo com Sila Mesquita, secretária executiva adjunta de Floresta e Extrativismo da SDS, na trajetória de uma década da secretaria, foi desenvolvida uma política voltada ao desenvolvimento sustentável, por meio de definição de políticas de Unidade de Conservação, que define e limita o território de preservação permanente e, ao mesmo tempo, garante a permanência de comunidades tradicionais. “Temos muito a comemorar agora, mas muito mais a realizar”, ressalta Sila Mesquita.

“Garantir o futuro das comunidades tradicionais é garantir a floresta em pé”, reforça Nádia Ferreira, explicando que elaborar políticas públicas que permitam investir nas cadeias produtivas proporciona a geração econômica, além de trabalho e renda para quem vive na floresta.

1ª. Feira dos Produtos da Sociobiodiversidade – Comercialização de artesanato, cosméticos, biojoias, comidas típicas, exóticas e indígenas, biscoitos e balas regionais. De 3 a 6, das 15h às 21h na área de exposição e das 11h às 21h, na Praça de Alimentação.

2º. Encontro de Mulheres da Floresta – Tem por finalidade discutir políticas públicas para as mulheres da floresta, reunindo 150 representantes dos municípios do Amazonas. Dia 4 de junho, de 9h às 18h.

Dia Mundial do Meio Ambiente – 5 de junho – Neste dia a programação inicia às 10h no Salão Nobre do Studio 5, com o lançamento de publicações, apresentação do Master Plan da sede do Sistema e a entrega do Prêmio Onça-Pintada de Jornalismo. À noite, haverá a 2ª Mostra de Roupas e Acessórios Amazônicos, desfile assinado pela estilista Rita Prossi, que evidenciará as belezas naturais do Estado em roupas e joias.

Manifestações Culturais – Durante todos os dias do evento, nos horários de 9h, 13h e 18h, no palco da plenária, haverá apresentações musicais nos ritmos de forró pé de serra, dança afro, música cabocla, repente, jogo de capoeira, danças regionais, maracatu, samba de raiz, dentre outras.

Exposições Paralelas – Fotos, vídeos, equipamentos e materiais informativos, que retratam as Unidades de Conservação, ações do Ipaam, Projeto de Reflorestamento do Sul do Estado, Projeto Água Para Todos no Amazonas, além do Trailer Solar.

Fonte: Divulgação/SDS

Amazonas tem o segundo maior número de projetos classificados no 4º Prêmio Culturas Indígenas



Organizações de Manaus e do interior do Estado foram mobilizadas pela Seind para participar do prêmio. Foto: Divulgação/Seind/Prêmio Culturas Indígenas

Com 12 propostas (entre iniciativas e projetos) de organizações e comunidades indígenas, o Amazonas obteve a segunda colocação na classificação final da 4ª. Edição do Prêmio Culturas Indígenas – Raoni Metuktire, entre os 27 Estados que participaram do certame, ficando atrás apenas do Mato Grosso, que garantiu 14 classificados.

Quatro propostas serão contempladas individualmente com R$ 20 mil e as outras oito receberão R$ 15 mil, cada, pelo Amazonas.

A lista oficial com o nome das iniciativas premiadas na seleção (já analisado qualquer tipo de recurso) será publicada até o fim deste mês, mas a classificação por número de pontos somados está disponível no site http://www.premioculturasindigenas.org.br/iniciativas-habilitadas-0 ou no Diário Oficial da União (DOU), na edição do último dia 17.

O Prêmio Culturas Indígenas – Raoni Metuktire é organizado pela Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (Arpinsul), com apoio do Ministério da Cultura (MinC) e teve participação efetiva do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind). Além de divulgar e incentivar os indígenas, com reuniões e oficinas na capital e no interior, o órgão participou do processo de seleção das classificadas, em Brasília.

O benefício seguiu a linha de ação da câmara técnica “Promoção dos Povos Indígenas: Perspectivas de Valorização do Patrimônio Cultural”, do Comitê Gestor de Atuação Integrada entre o Governo do Amazonas e a Fundação Nacional do Índio (Funai), com abrangência para indígenas de povos como Tikuna, Kokama, Marubo, Mayoruna, Sateré-Mawé e Mura.  

Equilíbrio
De acordo com a organização do prêmio, cujo edital foi lançado em 2012 pelo MinC – em parceria com a Petrobras, por meio da Lei Rouanet – na seleção das iniciativas foi observado o equilíbrio na representatividade regional e étnica dos povos indígenas brasileiros e a quantidade de inscrições por estado/região. Desta forma, a seleção das iniciativas culturais a serem premiadas foi feita por Estado, ou seja, apenas os projetos apresentados em cada Estado concorreram entre si.


Quantidade de prêmios que será distribuída por Estado

GERAL
CATEGORIA R$ 20.000,00
CATEGORIA R$ 15.000,00
Unidades da Federação (UF)
Distribuição de prêmios por UF - Geral
Distribuição de prêmios por UF (categoria R$ 20.000,00)
Distribuição de prêmios por UF (categoria R$ 20.000,00)
AC
7
2
5
AL
2
0
2
AM
12
4
8
AP
2
1
1
BA
3
1
2
CE
3
1
2
DF
1
1
0
ES
1
0
1
GO
1
0
1
MA
2
1
1
MG
7
1
6
MS
7
2
5
MT
14
4
10
PA
2
1
1
PB
1
0
1
PE
4
1
3
PI
1
0
1
PR
3
1
2
RJ
1
0
1
RN
1
1
0
RO
3
1
2
RR
4
2
2
RS
4
1
3
SC
2
1
1
SE
1
0
1
SP
8
2
6
TO
3
1
2




Classificação das Iniciativas do Amazonas
com maior pontuação - Prêmio de R$ 20 mil
Classi-ficação
Proposta
Comunidade/
Organização
Muni-
cípio
Nota Final
Reconstrução e uso da maloca, símbolo da cultura e movimento indígena
Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn)
São Gabriel da Cachoeira
39
“Purus Indígena: Povos ricos em cultura e sabedoria milenar
Federação das Organizações e Comunidades Indígenas do Médio Purus (Focimp)
Lábrea
38
Projeto Warumã: estimulando a produção artesanal, incentivando as práticas e costumes tradicionais do povo Sateré-Mawé de forma sustentável
Associação Indígena Sateré-Mawé do Rio Andirá (Aisma)
Parintins
  35,5
Resgate e Revitalização da língua indígena Tariana
Yawisa, Paphaka, Nerikuana, Ãpiakuli, Bayawali e Kerekere, do Distrito Indígena de Iauaretê
São Gabriel da Cachoeira
31



Classi-ficação
Proposta
Comunidade/
Organização
Município
Nota Final
Revitalização da Cultura Kanamari na Aldeia Flecheira
Aldeia Flecheira
Eirune-pé
39
Fortalecimento Cultural por meio da realização do V Ke-
nyry

Camicuã, Centrin, Catispero e Praia Nova
Boca do Acre

37
Ainvorisin Mëti
Aldeia Boa Vista, Maronal e Nazaré
Atalaia do Norte

36
Pupikari Sãkiri: resgate da língua e artesanato do Povo
Apurinã

Aldeia Copaíba
Lábrea

36
Revitalizar para não esquecer           
Comunidade Yamado         
São Gabriel da Cachoeira

  35,5
Valorização e fortalecimento da identidade cultural dos povos Yeba Masã  
São Felipe, Guadalupe e Morro de Cutivaia
São Gabriel da Cachoeira
                                   

 32,5
A criação dos Fogareiros no Rio Purus
Sabazinho, Santo Antonio, São João, Taquarizi-
nho
           
Tapauá

  31,5
Canto Cultural Matsés
Associação dos Matsés do Alto Jaqui-
Rana (Amaja)

Atalaia do Norte

  29,5

           
Fonte: Prêmio Culturas Indígenas/Seind