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Ação tem a presença de 22 médicos, de acordo com o Ministério da Saúde. Foto: Divulgação/Ministério da Saúde |
Um hospital de campanha com centro cirúrgico e
equipamentos modernos instalado em plena Floresta Amazônica vai realizar 250
cirurgias e mais de 2 mil atendimentos a uma comunidade que reúne 52 mil
indígenas entre 26 de abril e 4 de maio. A ação é fruto de uma parceria entre o
Ministério da Saúde e a organização sem fins lucrativos Expedicionários da
Saúde, que disponibilizaram a infraestrutura e os profissionais voluntários
para realizar o mutirão de cirurgias e consultas médicas numa área de difícil
acesso, o Vale do Javari e o Alto Rio Solimões. O Ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, acompanhou de perto a ação no último dia 27, na
Aldeia Santa Inês, no município de São Paulo de Olivença (AM), no alto Solimões.
“O grande esforço do Ministério da Saúde é levar a
saúde mais perto dos povos indígenas, nas aldeias. Para isso, nós construímos
várias parcerias – com o Ministério da Defesa, para a grande campanha de
vacinação, tanto da gripe quanto das outras vacinas, e parcerias com médicos
voluntários e organizações não governamentais para mutirões de cirurgias, de
exame e de atendimento aos povos indígenas.”
Em nove dias, 22 médicos de diversas especialidades
vão realizar cirurgias de cataratas, pterígios, hérnias, além de intervenções
ortopédicas, ginecológicas e plásticas restauradoras para reparar lesões
deformantes, defeitos congênitos ou adquiridos. Todos os 47.185 habitantes das
274 aldeias do Alto Rio Solimões e os 4.955 habitantes das 105 aldeias do Vale
do Javari passaram por triagem. O mutirão complementa os atendimentos
realizados em pelo Ministério da Saúde às populações indígenas assistidas
pelos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) da região.
Os atendimentos serão feitos por cinco cirurgiões
gerais, cinco oftalmologistas, cinco anestesiologistas, dois clínicos gerais,
dois pediatras, dois ginecologistas, um ortopedista. Além dos médicos, quatro
odontólogos, uma farmacêutica e dez enfermeiras. Haverá também uma equipe de
logística e apoio, composta por 12 voluntários.
INFRAESTRUTURA
INFRAESTRUTURA
A infraestrutura para o mutirão é composta por tendas
com isolamento térmico, ar condicionado, monitores cardíacos, tubos de oxigênio
para emergências, bisturis elétricos, aventais e campos cirúrgicos
descartáveis, bem como instrumentos esterilizados. Além disso, os sete
municípios da região disponibilizaram 16 embarcações para transporte dos
pacientes até o hospital de campanha e uma equipe de 110 profissionais
multidisciplinares de saúde indígena para dar o suporte ao mutirão.
EXPEDICIONÁRIOS DA SAÚDE
EXPEDICIONÁRIOS DA SAÚDE
Qualificada como OSCIP (Organização da
Sociedade Civil de Interesse Público), a Expedicionários da Saúde foi criada em
2002, quando um grupo de amigos, formado por médicos e executivos, em viagem ao
Pico da Neblina (AM) tiveram a oportunidade de conhecer uma aldeia Yanomami. A
partir de então, surgiu a ideia de usar a experiência profissional deles para
melhorar a qualidade de vida da população indígena daquela região.
O grupo realiza um serviço complementar aos
programas existentes de atendimento à saúde indígena e regiões isoladas,
levando medicina especializada.
Esta é a 25ª expedição do gênero que o grupo realiza
desde a sua fundação, no ano de 2002. Desde então, a instituição já realizou
mais de 3.087 cirurgias e 18.055 consultas, passando por vários municípios e
comunidades. Em 2012, a ação dos expedicionários aconteceu na terra indígena
Raposa Serra do Sol em Roraima. A prioridade é sempre para áreas indígenas de
difícil acesso.
Fonte: Ministério da Saúde
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