Interessados em concorrer a uma cadeira no conselho devem apresentar documento
de identificação e comprovação de moradia na reserva
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Pela primeira vez a população
ribeirinha poderá ter um representante no Concultura. Fotos:
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O
Conselho Municipal de Política Cultural (Concultura), entidade consultiva e
deliberativa responsável pela definição da política cultural do município,
abriu espaço para que as populações ribeirinhas da Reserva de Desenvolvimento
Sustentável (RDS) do Tupé possam disputar assento no segmento étnico do
conselho. Só na comunidade do Livramento, uma das seis existentes no Tupé,
moram representantes de ao menos 15 povos indígenas do Rio Negro.
Pela
primeira vez, essa população poderá ter um representante no Concultura, assim
como os afrodescendentes. Os comunitários têm até esta terça-feira (30) para
se inscrever.
Escritor
e dramaturgo, o amazonense Márcio Souza, presidente do Conselho, que esteve
visitando a RDS do Tupé na última quinta-feira (25), explica que o Estado que
concentra a maior população indígena do Brasil não poderia deixar de ter uma
representação em um conselho desta abrangência.
Márcio
Souza destacou também o pioneirismo do conselho em ir até a população para
divulgar seus objetivos. Um estande foi montado com o apoio da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), na comunidade do
Livramento, para receber as inscrições de toda a reserva.
A
Semmas também apoiará os comunitários com o transporte até Manaus no dia dos
fóruns para as eleições dos representantes dos segmentos da sociedade civil
para os quais houver inscritos nas comunidades (musica, dança, teatro, artes
visuais, literatura, cinema e vídeo, cultura étnica e projetos especiais).
Livramento
e Agrovila também foram comunidades visitadas por Márcio Souza, para conhecer a
realidade cultural dos ribeirinhos, que podem contribuir com as discussões dos
temas ligados à produção cultural nas comunidades.
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Márcio Souza em reunião com indígenas do Livramento |
A
comitiva do conselho foi formada por representantes da secretaria executiva do
Concultura e os conselheiros representantes da Secretaria Municipal de Meio
Ambiente e Sustentabilidade (Semmas).
Márcio Souza ficou satisfeito com o
interesse dos ribeirinhos e disse da importância de estimular esse tipo de
prática, uma vez que, entre as populações que residem fora da zona urbana,
também há muita riqueza cultural.
Fonte: Jornal A Crítica, com
informações da assessoria de comunicação da Semmas
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