Agricultura familiar é levada muito a sério por indígenas de municípios como Tefé, por exemplo. Foto: Divulgação/Acinepk |
Impulsionado
pelo programa federal “Minha Casa, Minha Vida Rural”, o Governo do Amazonas
planeja a construção de até duas mil unidades habitacionais em terras e
comunidades indígenas do Estado até o fim deste ano. Para cumprir esta meta, a
Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind) tem intensificado o
cadastro de agricultores familiares indígenas junto ao Instituto de
Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável de Estado do Amazonas
(Idam), para que obtenham a Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP).
O
documento faz parte do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar (Pronaf), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), e dá identidade
ao agricultor familiar ou associação organizada, interessados em obter crédito
rural.
Até
o mês de junho, aproximadamente 350 propostas foram encaminhadas aos indígenas
e a meta é que esse número chegue a dois mil até dezembro.
No
período de 25 a 27 deste mês, a Seind realiza o cadastro de agricultores
familiares indígenas no Careiro Castanho (a 102 quilômetros de Manaus),
Aumento
De
acordo com o Departamento de Etnodesenvolvimento (Detno), da Seind, a procura
pela DAP tem aumentado entre os indígenas. Em 2012 o número de acesso chegou a
779 autorizações para emissão do documento.
O
papel da secretaria tem sido importante nesse processo e o trabalho, que é
desenvolvido dentro da câmara técnica “Sustentabilidade Econômica dos Povos
Indígenas”, do Comitê Gestor de Atuação Integrada entre o Governo do Amazonas e
a Fundação Nacional do Índio (Funai).
O
atendimento aos interessados também é feito diretamente no Idam e na própria
secretaria, localizada na rua Bernardo Ramos, 179, Centro de Manaus.
“Nós
fazemos a triagem, encaminhamos a ficha para o Idam e já estamos na expectativa
de chegar ao número almejado para este ano”, informou o chefe do Detno, Zuza
Cavalcante.
Moradia e luz
O
interesse em adquirir a DAP tem sido impulsionado também por dois
motivos, que atingem diretamente o dia a dia dos indígenas no Careiro Castanho.
Um deles refere-se à moradia. Ao menos quatro comunidades indígenas pretendem se
inscrever no programa de habitação “Minha Casa, Minha Vida Rural”, mas precisam
da DAP para a obtenção do benefício junto à Caixa Econômica Federal.
O
outro motivo é a inserção dessas comunidades no programa “Luz para Todos”, com
suporte da Seind.
A
atividade no Careiro deverá reunir 26 lideranças indígenas locais, que
pretendem discutir, ainda, a possibilidade de as comunidades receberem outros
indígenas que moram em na periferia de Manaus para trabalhar com agricultura.
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