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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Ação de cidadania beneficia 500 indígenas no Amazonas

Indígenas durante o mutirão realizado no alto rio Negro. Foto: Divulgação

MANAUS – O mutirão do Programa Cidadania Direito de Todos realizado no fim do ano passado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e outros órgãos, em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas,  possibilitou a inclusão dos índios da região.  Além de certidões de nascimento, CPFs e carteiras de identidade e de trabalho, os indígenas  puderam retirar, também, o título eleitoral.

Na ação  foram entregues 7.156 documentos aos índios. Somente os servidores doTribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) atenderam 532 indígenas. Durante o mutirão, também foram incluídos 199 indígenas no Cadastro Único do Governo Federal, para que integrem  os programas sociais. Outros 901 foram atendidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e obtiveram benefícios como a aposentadoria rural, pensão ou salário-maternidade.

A ação ocorreu de 27 novembro  a 6 de dezembro na comunidade conhecida como Pari-Cachoeira, onde vivem os índios das etnias Yuhupdeh, Hupdas e Tucanos. Uma segunda etapa do mutirão aconteceu de 8 a 14 de dezembro na região de Maturacá, para atender os yanomamis.

Trabalharam no programa cerca de 30 servidores da Secretaria de Estado da Ação Social do Amazonas (SEAS), do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) e da Fundação Nacional do Índio (Funai), com recursos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH). O deslocamento nas áreas de difícil acesso contou com apoio da Força Aérea Brasileira e do Exército.

Segundo o presidente da Comissão de Acesso à Justiça e à Cidadania do CNJ, conselheiro Ney Freitas, o acesso a essas  comunidades,  na selva Amazônica, representa uma grande dificuldade.  “Ao transpô-la, o CNJ, a SDH, a Funai e o governo do Amazonas deixaram claro que estão determinados a combater com todas as energias a falta de certidões de nascimento e outros documentos essenciais para o exercício da cidadania”, afirmou.

Programa
O Programa Cidadania Direito de Todos é desenvolvido pelo CNJ desde junho de 2010, sob a coordenação da Comissão de Acesso à Justiça e à Cidadania do órgão, com o objetivo de facilitar o acesso dos índios à documentação básica, garantindo-lhes assim o exercício de direitos fundamentais. Outra meta do programa é a erradicação do sub-registro das crianças indígenas.

Além da Funai e da SDH, o Projeto Cidadania, Direito de Todos também conta com a parceria, em âmbito nacional, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), da Associação dos Notários e Registradores (Anoreg) e da Defensoria Pública da União.

No ano passado o CNJ promoveu seis mutirões do Cidadania, Direito de Todos. A agenda prevista para este ano, no entanto, promete ser mais intensa, com a realização de ações em aldeias do Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Amazonas, Amapá, Acre, Minas Gerais, Tocantins e Mato Grosso.

Fonte: Portal Amazônia

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