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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Seind apresenta ‘Parque Temático Indígena’ para a Copa de 2014 durante a Rio+20


Terra indígena São Francisco do Patauá, provável localização do Centro de Excelência. Fotos: Divulgação/Seind
Por: Isaac Júnior
 
A participação de indígenas do Amazonas na Conferência Rio+20 será evidenciada nesta segunda-feira (18), quando a Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind) mostrará, ao mundo, um esboço do que será o Centro de Excelência Indígena do Amazonas. O projeto já está em fase final de elaboração e a meta do governo estadual é que o “parque temático” seja construído na Região Metropolitana de Manaus, para servir de legado ao País, durante e após a Copa do Mundo de 2014.

O empreendimento poderá funcionar na terra indígena São Francisco do Patauá, em Manacapuru (a 84 quilômetros de Manaus), na mesma comunidade que sediou em abril deste ano, a sétima edição dos Jogos Indígenas do município. Há duas semanas, a Seind voltou a enviar técnicos ao local para conhecer o terreno e fazer a consulta prévia junto à população.

O projeto será amplamente divulgado na Rio+20 pelo secretário Bonifácio José Baniwa, com fotos e até uma arte contendo imagem de satélite sobre a área em estudo, e prevê benefícios nas áreas de cultura, meio ambiente, comercial, serviço, social, esportiva, educacional e de produção. “Teremos um local de referência, não encontrado em nenhum outro lugar do País, para mostrarmos nossa arquitetura, nossos conhecimentos na relação do homem com a natureza e o mundo”, justificou o titular da Seind, que viaja no domingo (17) e participa dos debates que estão programados para o pavilhão do governo brasileiro, na semana dos “Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável”.
Mapa do satélite da área onde poderá ser construído o Centro de Excelência

O modelo proposto para a execução do projeto que cria o Centro de Excelência Indígena faz parte da política pública de etnodesenvolvimento executada pelo Governo do Estado, a partir do programa Amazonas Indígena e por meio do Comitê Gestor de Atuação Integrada com a Fundação Nacional do Índio (Funai). “Dentro do centro, nós vamos poder aliar o conhecimento tradicional com o científico”, disse o titular da Seind. “Temos um grupo de trabalho formado por técnicos da própria secretaria e da UEA, além de um professor de uma escola particular, que trabalha como colaborador, mas também será criada uma comissão para analisar e avaliar o projeto”, acrescentou o chefe do Departamento de Etnodesenvolvimento da secretaria, Cristiano Oliveira.

Preservação
Para marcar a participação no grande evento internacional, a Seind também pretende mostrar aos participantes da Rio+20 que, apesar de todos os problemas, os indígenas estão entre os povos que mais trabalham pela preservação da floresta. Com base no fato de o Amazonas concentrar a maior população nativa do País (mais de 168 mil) e possuir 178 terras indígenas (o equivalente a 30% de território do Estado), a secretaria vai mostrar alguns projetos de desenvolvimento da Economia Verde, cujos recursos naturais são extraídos da própria natureza em benefício dessas populações. “Com nossas técnicas de uso e manejo, temos projetos para castanha, pescado, artesanato, turismo e, o que é melhor, temos 95% de áreas preservadas”, enumerou o titular da Seind.
Local é um dos exemplos de terra preservada no Estado do Amazonas

Vitrine
A Rio+20 começou na quarta-feira (13) e prossegue até o próximo dia 22, no Rio de Janeiro. Além da Seind, também representam o Governo do Amazonas na conferência instituições como Amazonastur, Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapeam), Tribunal de Contas do Estado (TCE) e as Secretarias de Estado de Planejamento (Seplan) e de Desenvolvimento Sustentável (SDS). Todas aproveitam a participação no encontro para divulgar projetos, produtos e fazer parte de uma grande programação no stand Amazônia Legal, que foi erguido em meio aos debates.

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