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sábado, 31 de março de 2012

Mulheres indígenas realizam assembleia

Miquelina Barreto Tukano, falando às participantes da assembleia. Foto: Ascom/Seind

Por: Isaac Júnior

A União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (Umiab) realiza, em Manaus, a 1ª. Assembleia Geral Extraordinária da entidade. O evento começou neste sábado (31) e prossegue até segunda-feira (2), a partir das 8h, no Auditório de Divisão de Desenvolvimento Profissional de Magistério, da Secretaria Municipal de Educação (Semed).

Durante os três dias do encontro, que tem o apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind), as lideranças indígenas pretendem apresentar o relatório de atividades e avaliar os encaminhamentos sobre a gestão da coordenação eleita em 2009. Também estão previstas a apresentação do plano de ação, a aprovação do projeto institucional e a alteração do estatuto da Umiab.
Sec. em exercício da Seind, José Mário elogiou a iniciativa de luta das mulheres indígenas
Criada há três anos, no município de São Marcos (MA), na terra indígena Trikati, a Umiab tem o objetivo de promover, organizar, fortalecer, articular e defender a participação dessas mulheres nas diversas instâncias governamentais e não governamentais, visando assegurar e viabilizar a defesa dos seus direitos.

A assembleia em Manaus reúne delegadas e conselheiras da Umiab, num total de aproximadamente 30 lideranças da Amazônia Brasileira. A Seind participa das discussões, representada pela integrante do Departamento de Promoção dos Povos Indígenas (Depi) do órgão, Miquelina Barreto. A Coiab enviou a vice-coordenadora da entidade, Sônia Guajajara, enquanto que a Fundação Nacional do Índio (Funai)  trouxe a Manaus a coordenadora de Gênero e Assuntos Geracionais da instituição em Brasília, Léia do Vale, do povo Wapichana, de Roraima. “Viemos falar sobre as políticas públicas direcionadas para as mulheres indígenas e também na perspectiva de contribuir para o fortalecimento organizacional e político delas”, resumiu Léia.  
Vice-coordenadora da Coiab, Sônia Guajajara também participa das discussões

Nova diretoria
De acordo com a presidente do Conselho Deliberativo e Fiscal da Umiab, Raquel Macedo, a decisão de realizar a assembleia foi tomada no dia 2 de fevereiro pelo próprio conselho, em consenso com as coordenadoras da organização. O principal objetivo é definir a nova diretoria para o quadriênio 2012-2016. “Vamos discutir e tentar chegar a um consenso para definir a nova direção”, disse a indígena do povo Munduruku, da região do Médio Madeira, no município de Borba.

Autonomia
A Umiab é uma continuidade do Departamento de Mulheres Indígenas que surgiu dentro da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab). Atualmente, a coordenadora geral é Conserlei Sampré, do povo Xerente, no Pará. “A luta pela autonomia na busca por recursos e o aumento da demanda nos levaram a tomar esse caminho, que foi criar uma organização independente, com políticas próprias em defesa da mulher indígena”, justificou Raquel.
Mara Kambeba (à dir.), durante a assembleia, observada por Maria Monteiro (à esq.) 
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Outras informações sobre a Assembleia da Umiab:
Miquelina Tukano: miktukano@hotmail.com – (92) 8178.0726
Mariazinha Cordeiro: mariavanila@yahoo.com.br -  (92) 8161.9799
Rosimere Teles: rosiarapaco@gmail.com – (92) 8128.4372
Raquel Macêdo: raquel.santos23@hotmail.com – (92) 9148.4876

Estudantes prestigiam reabertura de maloca no Inpa

Sec. em exerc. da Seind, José Mário (ao lado do deputado Luiz Castro) e alta cúpula do Inpa, na reabertura da maloca. Foto: Ascom/Seind

Por: Isaac Júnior

Em uma cerimônia que reuniu estudantes de escolas das redes pública e privada de ensino, além de indígenas, o Governo do Amazonas e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) reabriram, neste sábado (31), a “Maloca Intercomunitária Indígena”. A ação fez parte das comemorações do aniversário de 17 anos do Bosque da Ciência, completados neste domingo, dia 1º. de abril.
Alunos ficaram curiosos para ver os produtos em exposição

Construído em outubro de 2006, o já conhecido “centro de referência indígena” localizado nas instalações do Inpa é formado por exposição de produtos artesanais e manifestações culturais. São oito metros quadrados de área, ocupada por seis organizações indígenas e com espaço permanente no Bosque da Ciência.

A reabertura da maloca foi realizada com as presenças do secretário em exercício da Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind), José Mário Mura; do presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), Luiz Castro (PPS); e do diretor em exercício do Inpa, Estevão Monteiro. “É um espaço de suma importância na questão de geração de renda para as comunidades, que também serve de referência para o gringo e de divulgação do trabalho realizado pelos próprios povos indígenas”, destacou José Mário. Ele apontou a parceria da Seind com o Inpa, como fator positivo na aproximação das ciências tradicionais indígenas e não indígenas.
Dona Deulinda apresentou a maloca reformada ao sec. em exercício da Seind, José Mário

Para Estevão Monteiro, o trabalho realizado na maloca vai além da integração dos povos indígenas com a sociedade em geral. “É uma prova de que o conhecimento tradicional precisa ser cada vez mais reconhecido”, disse o diretor.

Coordenada pela Seind e em ritmo de puxirum (termo indígena que significa trabalho comunitário), a reforma começou no último mês de dezembro e terminou na segunda quinzena de março.

Fortalecimento
Além das manifestações culturais, os indígenas começaram a retomar a exposição de artesanato, com o objetivo de fortalecer organizações como a de dona Deulinda Prado, 71, do povo Dessano. Oriunda de São Gabriel da Cachoeira (a 858 quilômetros de Manaus), ela foi a primeira coordenadora da Associação das Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro (Amarn). Entidade completou 25 anos no último dia 27 e é formada por 49 associadas. Desse total, aproximadamente 20 delas trabalham com o artesanato que é exposto na maloca.

Entre os produtos mais procurados estão os cestos feitos com palhas de arumã e os colares de tucum. Os preços variam de cinco a 30 reais. “Tudo que é arrecadado é contabilizado pela própria Amarn e o benefício chega até os indígenas do rio Negro, pois eles nos fornecem a matéria-prima”, observou Deulinda.

A estudante Cristiana Pontes, 16, aproveitou a presença na maloca para presentear a colega de sala Ana Cristina, que comemorou aniversário na última terça-feira. “Estou dando esse brinco para ela, que tem um toque diferente do que a gente costuma ver por aí”, elogiou a aluna, que cursa o terceiro ano do ensino médio no colégio Santa Dorotéia.
Estudante Cristiana Pontes (esq.) presenteia a amiga com um brinco indígena

Outras organizações
As outras organizações indígenas que se revezaram no trabalho de reforma e que estão com produtos na maloca localizada no Inpa são: Associação das Mulheres Indígenas Sateré-Mawé (Amism), Associação Wotchimaucü, Associação das Artesãs Poteriharã (APN), Associação Bayaruá e Associação Kotiria, do povo Wanano.
Deputado Luiz Castro não somente prestigiou a reabertura, como também decidiu comprar um cesto

sexta-feira, 30 de março de 2012

Maloca localizada no Inpa é reformada e será reaberta neste sábado


Reforma da maloca começou em dezembro, com um "mutirão"' feito por seis organizações indígenas. Foto: Isaac Júnior-Ascom/Seind

O Governo do Amazonas (por meio da Secretaria de Estado para os Povos Indígenas – Seind) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) realizam a cerimônia de reabertura da “Maloca Intercomunitária Indígena”, neste sábado (31), a partir das 8h, nas instalações do próprio Inpa. Após a reforma, que começou em dezembro passado, o local será reaberto para visitação pública, durante a programação de aniversário dos 17 anos do Bosque da Ciência.

A maloca foi construída em outubro de 2006, numa área correspondente a oito metros quadrados e com espaço permanente no Bosque da Ciência. Desde lá, também tem sido referência em manifestações culturais e exposição de produtos artesanais indígenas, como cestaria, miniaturas, brincos, colares e outros.

O projeto beneficia as seguintes organizações: Associação das Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro (Amarn), Associação das Mulheres Indígenas Sateré-Mawé (Amism), Associação Wotchimaucü, Associação das Artesãs Poteriharã (APN), Associação Bayaruá e Associação Kotiria, do povo Wanana.
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SERVIÇO
Assunto: Reabertura da Maloca Intercomunitária Indígena.
Local: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), à avenida André Araújo, 2936 - Aleixo.
Quando: Sábado, dia 31 de março de 2012.
Horário: A partir das 8h.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Seind participa de Assembleia Extraordinária da Coiab realizada durante três dias em Manaus

Secretário em exercício da Seind, José Mário Mura falou na abertura do encontro, que teve a participação do assessor da presidência da Funai, Francisco Pyanko (segundo, da esquerda para a direita). Fotos: Isaac Júnior e Cláudio Pequeno Apurinã 
Lideranças indígenas de nove estados da Amazônia Brasileira deram início, nesta quarta-feira (28), à Assembleia Extraordinária da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab). O evento prossegue durante três dias, no Centro Educacional de Formação dos Professores do Amazonas (Cepam), localizado nas instalações da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), em Manaus, com a abordagem de temas importantes como a sustentabilidade econômica e a reestruturação do Conselho Deliberativo e Fiscal (Condef) da entidade.


Na abertura do encontro, após a apresentação da artista Djuena Tikuna, que interpretou o Hino Nacional na língua nativa, o secretário em exercício da Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind), José Mário Mura, falou da importância da assembleia para o próprio movimento indígena. Ele aproveitou a presença das lideranças e de representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai), para fazer referência às lutas que a Coiab tem travado em nível nacional para defender os direitos dos povos indígenas, como é o caso da  construção da Usina de Belo Monte, no Pará. “Já era tempo de estarmos juntos, trabalhando em prol de grandes conquistas pelo movimento, e Belo Monte é uma luta que a Coiab tem enfrentado com muita dificuldade”, observou.


Os indígenas são contrários às obras na hidrelétrica, localizada na Bacia do Rio Xingu e que já estão entre as maiores do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, porque, entre outros problemas, consideram que os impactos ambientais não estão suficientemente dimensionados.   
Encontro é presidido pelo coordenador da Coiab, Marcos Apurinã
Sobre a participação da Seind no encontro, José Mário justificou que é de suma importância, principalmente, porque, segundo ele, segue as diretrizes do órgão no que se refere ao apoio do Governo do Amazonas para o fortalecimento das organizações indígenas. O secretário também fez referência ao Termo de Cooperação Técnica com a Funai, que originou na criação do Comitê Gestor Indígena, além lembrar da importância dos próprios indígenas na luta pela conservação da Amazônia.
A  Seind vai continuar participando dos debates até esta sexta-feira (30), quando os trabalhos da assembleia estarão encerrados. A secretaria disponibilizou os servidores  Jurandir Tenharín e Cláudio Pequeno Apurinã para acompanhar as discussões e dar  suporte técnico ao encontro.
Técnicos da Seind, Cláudio Apurinã (com a máquina fotográfica) e Jurandir Tenharín (no meio da assembleia, segundo à esquerda) prestam apoio técnico à assembleia
Entre as outras personalidades a participar da assembleia estão o assessor da presidência da Funai, Francisco Pyanko; o coordenador da Coiab, Marcos Apurinã; a vice-coordenadora da entidade, Sônia Guajajara; o representante da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Chico Apurinã; e o presidente do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Mário Nicácio.

terça-feira, 27 de março de 2012

Seind vai discutir projeto piloto de manejo florestal para terras indígenas de Humaitá (AM)


Sec. adj. da Seind, José Mário Mura (dir.), e o sec. indígena  de Humaitá, Ivanildo Tenharín (esq.), na reunião realizada nesta terça-feira, na Seind. Foto: Ascom-Seind
Entre os dias 12 e 15 do próximo mês, a Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind) começará a “discutir” a criação de um projeto piloto de manejo florestal que venha possibilitar a exploração de madeira em terras indígenas localizadas em Humaitá (a 600 quilômetros de Manaus). O Governo do Amazonas enviará dois técnicos ao município, atendendo a um pedido da recém-criada Secretaria Municipal dos Povos Indígenas de Humaitá (Semupi).  

De acordo com o chefe do Departamento de Etnodesenvolvimento (Detno) da Seind, Cristiano Oliveira, o encontro terá dois momentos importantes e ambos visam tirar qualquer dúvida sobre os procedimentos a serem adotados para a elaboração do projeto. “Primeiramente, nós vamos apresentar o que diz a legislação brasileira sobre o licenciamento do plano de manejo florestal madeireiro, para depois sentar com os órgãos licenciadores e verificar a possibilidade de viabilizar o licenciamento da exploração de madeira em terras indígenas”, informou Cristiano.  

Criada em setembro do ano passado, por meio da Lei nº 569/2011, a Semupi começa a se mobilizar em busca de parcerias que resultem em projetos e ações de beneficiamento para aproximadamente 4,5 mil indígenas. São famílias dos povos Tenharín, Djiahui, Parintintin, Mura, Munduruku, Apurinã, Pirahã, Torá e Matanawí, que habitam a Transamazônica e a calha do rio Madeira. “Queremos fazer a exploração de madeira dentro da legalidade, com a ajuda de órgãos como a Seind, o Ipaam e o Ibama”, informou o titular da Semupi, Ivanildo Tenharín, 31.

O secretário veio a Manaus para socializar, junto à Seind, a agenda de visitas que pretende cumprir até este fim de semana na capital amazonense. “Nossa ideia é ir até o Ministério Público Estadual para tratar do assunto”, acrescentou ele.

Ivanildo foi nomeado no último dia 31 de janeiro e é uma das personalidades confirmadas na Assembleia Extraordinária da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), que começa nesta quarta-feira (28) e vai até sexta-feira, em Manaus.

Na primeira visita dele à Seind, após a posse, o secretário defendeu uma discussão ampla com MP-AM, que tenha por base a compensação aos indígenas pelos serviços ambientais prestados à própria floresta.

Educação
Acompanhado de Aurélio Tenharín, que é titular da Coordenação Técnica Local (CTL/Funai), em Humaitá, Ivanildo quer fazer uma articulação política com várias instituições públicas, no sentido de promover o fortalecimento da sustentabilidade para os povos indígenas. “Vamos à Sepror, à Ufam e deveremos ser recebidos até sexta-feira pela Seduc, para tratar sobre a aquisição de material didático, móveis e a construção de duas escolas, cujo processo já estaria em fase de licitação”, finalizou Ivanildo, que retorna à Seind nesta quarta-feira (28), para conversar com o secretário adjunto do órgão, José Mário Mura.

Dia do Índio
No dia 19 de abril, a Semupi irá realizar várias ações alusivas ao Dia do Índio, entre as quais exposições de artesanatos, palestras nas escolas e competições esportivas. O evento servirá para integrar ainda mais as famílias indígenas que vivem em Humaitá.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Ação Itinerante de Crédito é realizada no Alto Solimões e em Parintins

O Governo do Amazonas, por meio da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam), inicia nova etapa da Ação Itinerante de Crédito, no próximo dia 9 de abril, nos municípios da calha do Alto Solimões e em Parintins (a 369 quilômetros de Manaus). Com a ação, serão atendidos ao todo 10 municípios, incluindo Tabatinga, Atalaia do Norte, Benjamin Constant, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá, Tonantins, Jutaí e Fonte Boa. A previsão é investir até R$ 2,1 milhões.

Segundo a Gerência Técnica da Afeam, o município de Parintins está inserido nesta ação devido à proximidade do período de realização do seu tradicional festival folclórico. Com a ação, comerciantes, prestadores de serviços e demais empreendedores da região deverão ser atendidos antecipadamente para que estejam preparados para receber os visitantes da ilha no período do festival dos bumbás Garantido e Caprichoso, no final de junho.

Os técnicos da Afeam deverão permanecer na região por aproximadamente 10 dias para a prospecção de propostas e visitas técnicas aos proponentes. A dotação orçamentária para esta região é de R$ 2.140.000,00 que serão aplicados de acordo com a demanda de cada município. A liberação dos recursos está prevista pra o dia 7 de maio deste ano.

Fonte: Agecom

quinta-feira, 22 de março de 2012

Governador Omar Aziz lança o Programa Jovem Cientista Amazônida


Governador Omar Aziz, a secretária da SDS, Nádia Ferreira, e o cacique Almir Suruí falaram no encontro. Na foto abaixo à direita, o assessor da Seind Amarildo Machado e a chefe de Gabinete, Ozenete Mozzi. Fotos: Viviam Gama (Ascom/Seind)
O Programa Jovem Cientista Amazônida – Áreas Protegidas (JCA-AP) foi lançado nesta quarta-feira (21) pelo governador Omar Aziz e também irá beneficiar as populações indígenas do Estado do Amazonas. A Seind é uma das parceiras da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) na execução do programa, ao lado de outros órgãos como a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

O lançamento foi durante o 1º Encontro de Comunicação Socioambiental do Amazonas (Ecsa), realizado num hotel da Zona Centro-Sul de Manaus. O evento foi realizado em comemoração ao Dia Mundial da Floresta. O governador fez uma referência positiva à participação dos indígenas na execução do programa e lembrou que essas populações têm sido importantes na preservação da floresta, de modo sustentável. “A preservação veio por meio dos povos indígenas que, ao longo desses anos, utilizavam seus saberes e o necessário que a natureza tinha a oferecer”, comentou e também defendeu uma pauta própria dos Estados da Amazônia em relação à política de sustentabilidade da região durante a conferência Rio+20. “Temos que dar um recado ao mundo na Rio+20: todos falam em preservação, mas até hoje o Estado do Amazonas não viu um real sequer sobre crédito de carbono, sobre ajuda humanitária ou sobre os problemas que enfrentamos dentro de nossas florestas”, criticou. 

Outra presença ilustre no evento foi o cacique Almir Narayamoga Suruí, de Rondônia. O secretário da Seind, Bonifácio José Baniwa, foi representado pelo assessor Amarildo Machado, do povo Tukano. Bonifácio está em Tabatinga, onde participa de reuniões coordenadas pelo Projeto de Desenvolvimento Regional do Amazonas para o Zona Franca Verde (Proderam), para análise dos projetos do Governo do Amazonas, destinado as povos indígenas daquela região do Estado.

Pesquisas
Com recursos de R$ 600 mil, o Jovem Cientista Amazônida tem o objetivo de contemplar pesquisas destinadas a questões ligadas às Áreas Protegidas do Amazonas. Além de pesquisadores de instituições de pesquisas e/ou ensino superior, organizações governamentais e não governamentais, podem participar do programa estudantes e professores dos ensinos Fundamental 2 (a partir do 6ª ano) e Médio, Educação de Jovens e Adultos (EJA), Educação Indígena, de programas de educação rural da rede pública de ensino, vinculados a escolas dentro, no entorno ou com relação direta à área protegida.   

Água potável
A titular da SDS, Nádia Ferreira, informou durante o encontro que um convênio será assinado entre o Governo do Amazonas e o Ministério da Integração, com o objetivo de garantir água para 12 municípios, durante o período de vazante no estado. Em princípio, o programa vai beneficiar as famílias em situação de risco social, com renda familiar inferior a R$ 70.