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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Seind destaca os dez anos de participação indígena no Governo do Estado em evento realizado em Brasília



A Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind) é uma das representantes do Governo do Amazonas na Conferência Fibea (Fostering Indigenous Business & Entrepreneurship in Americas - Promoção de Negócios e Empreendedorismo Indígena nas Américas) de 2013. O encontro é realizado durante dois dias em Brasília e encerra-se nesta quarta-feira (dia 26), com o tema "Mineração em Terras Indígenas: Desafios e Oportunidades".

Representada pelo secretário adjunto do órgão, José Mário Mura, a Seind participa da mesa-redonda Sustentabilidade com Identidade: 10 Anos de Participação Indígena no Governo do Estado do Amazonas – Efetivando a Política de Etnodesenvolvimento.

A conferência deste ano na capital federal aborda assuntos relevantes ao desenvolvimento de negócios sustentáveis nas comunidades indígenas e dá, aos participantes, a chance de compartilhar ideias e explorar oportunidades de negócios.

A Seind foi criada pela Lei nº 3.403, de 7 de julho de 2009, com a finalidade formular, executar e implementar a política de etnodesenvolvimento sustentável e a preservação de valores culturais e históricos, definidos e aprovados pelo Conselho Estadual dos Povos Indígenas. Prestes de completar quatro anos em plena atividade, o órgão tem avançado em vários projetos e ações destinadas a 64 povos, por meio do Plano de Atuação Integrada entre o Governo do Amazonas e a Fundação Nacional do Índio (Funai).

Intercâmbio
Em 2012, a Fibea foi realizada em Manaus com a participação de indígenas do Amazonas, Canadá e Alaska. O encontro tem proporcionado um intercâmbio de experiências no sentido de fortalecer o povo indígena como um todo. 
Fibea do ano passado teve a participação de indígenas de outros países, entre eles Pete Esquiro, do Alaska. Foto: Divulgação/Seind

Outra participante do Estado no evento de 2013 é a Secretaria de Estado de Mineração, Geodiversidade e Recursos Hídricos (SEMGRH), que está representada pelo titular da pasta, Daniel Nava.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Governo do Amazonas avalia demandas de indígenas para combater violência em aldeias do alto Solimões


Miquelina Barreto Tukano e Sinésio Isaque, na reunião em Umariaçú. Foto: Divulgação/Seind

Uma comissão formada por técnicos do Governo do Amazonas reúne-se esta semana em Manaus, para avaliar as demandas apresentadas por indígenas do alto Solimões e que deverão servir de subsídio no combate à violência, ao uso excessivo de bebida alcoólica e de drogas naquela região do Estado. Entre as principais reivindicações está a construção de uma pequena delegacia e, consequentemente, a capacitação de 12 agentes colaboradores de polícia para trabalhar na área. 

As reivindicações foram apresentadas por comunitários das aldeias Umariaçu 1 e Umariaçu 2, durante uma atividade paralela à Semana do Bebê Indígena, que foi realizada entre os dias 10 e 14 deste mês, na comunidade de Belém do Solimões, no município de Tabatinga (a 1.105 quilômetros de Manaus).

O relatório final com a carta de intenções que será entregue ao governador Omar Aziz pelo Grupo Amazonaids, também prevê a criação de programas de controle e a instalação de uma escola de inclusão digital, além de políticas públicas que permitam minimizar os problemas identificados nas aldeias.  “A esse relatório será anexada um abaixo assinado com quase trezentas assinaturas”, informou o servidor da Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind), Sinésio Isaque Tikuna, que foi um dos tradutores indígenas no evento em Tabatinga.

Algumas ações nesse sentido tem sido trabalhadas pelo Comitê Gestor de Atuação Integrada entre o Governo do Amazonas e a Fundação Nacional do Índio (Funai), por meio da câmara técnica Qualidade de Vida dos Povos e Comunidades Indígenas do Amazonas: Reafirmando direitos e na perspectiva das territorialidades indígenas.

A comissão que esteve em Tabatinga e que faz parte do Grupo Amazonaids é formada por técnicos da Seind e das secretarias de Planejamento (Seplan), de Assistência Social (Seas), de Justiça (Sejus) e de entidades como CE-DST/AIDS/HV.

A Semana do Bebê Indígena foi uma das atividades da “Roda de Conversa com as Mulheres Indígenas Tikuna e a Violência nas Comunidades Indígenas”, evento que foi organizado pelo Fundo das Nações Unidas (Unicef), por meio do Grupo Amazonaids/Unaids, com apoio da Prefeitura de Tabatinga. O evento teve o objetivo de apresentar a Lei Maria da Penha como forma de defesa dos direitos das mulheres vítimas de violência, com o uso de cartilha e vídeo traduzido em tikuna, entre outros temas.  “Algumas dessas cartilhas já estão traduzidas e os indígenas querem estender esta tradução à Lei Maria da Penha, para que outras comunidade tenham conhecimento do assunto”, destacou Sinésio Isaque.
Sinésio também representou a Seind no lançamento da Semana do Bebê Indígena

As discussões envolveram mulheres indígenas, presidentes de associações, professores, estudantes, líderes tradicionais e outros, com beneficiamento direto para mais de 400 indígenas.

Aliciamento
Belém do Solimões tem aproximadamente 5 mil indígenas, mas não dispõe de segurança para repreender e até prender os infratores. Lideranças e demais moradores estão preocupados com a situação de indígenas com idade entre dez e 17 anos, que estariam sendo aliciados por traficantes e seriam alvo fácil do problema da droga, por conta da falta de ocupação, segurança e programas sociais voltados especialmente aos mais jovens.   
Agente colaborador de polícia, indígena explica como funciona o trabalho (difícil) dele na região

Agressão
De acordo com Miquelina Barreto Tukano, outra integrante da Seind na comissão e que esteve em Tabatinga, a situação está praticamente fora de controle. Tem indígena ‘demarcando’ a própria área onde mora, para se manter absoluto, com ameaças e ações agressivas aos demais. “Em oito bairros de Belém do Solimões, alguns não podem entrar na área que não é a sua, sob pena de ser agredido pelo outro”, informou Miquelina.

Somente na primeira noite foram registrados quatro casos de pessoas feridas por arma branca, segundo a servidora pública e uma das principais referências de luta entre as mulheres indígenas no Estado.

Outra proposta de solução apresentada pelos próprios indígenas abrange as ruas das aldeias. “Eles querem que seja melhorada a iluminação, principalmente nas proximidades de escolas e postos de saúde”, finalizou Sinésio Isaque Tikuna.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Seind recebe solicitação de indígenas do povo Hexkariano na área de educação


Miguel Hexkariano mostra projeto ao secretário Bonifácio. Ele foi o tradutor do cacique Manoel Kaywana (ao centro da foto primeira foto abaixo), na conversa realizada nesta sexta-feira. Foto: Ascom/Seind

Indígenas do povo Hexkariano estiveram na Seind, nesta sexta-feira (21), para solicitar apoio do órgão, na construção de dez escolas de ensino médio em aldeias de Nhamundá (a 375 quilômetros de Manaus). O projeto é para atender a demandas das aldeias Bilontra, Torre, Matrinxã e Porteira.

Os projetos com cópias de maquetes dos imóveis foram entregues ao secretário Bonifácio José Baniwa pelo cacique Manoel Kaywana e vão ser encaminhados para análise da Secretaria de Estado da Educação (Seduc). A Seind irá acompanhar todo o processo.

Kambeba lança livro e apresenta cultura tribal



Indígenas representantes do povo Kambeba, que é retratado nas obras que vão ser apresentadas no Museu Amazônico. Foto: Divulgação


O Museu Amazônico apresenta nesta sexta-feira (dia 21), às 18h, um conjunto de obras sobre esses indígenas que vivem na cidade ou nas proximidades de Manaus, entre eles o povo Omágua/Kambeba, com suas lutas e desafios. A tribo Tururukai-uka vai estar presente e mostrar como consegue manter suas tradições, falar a língua Kambeba e o tupi amazônico, além do português e ainda se diferenciar como um dos povos mais articulados o Amazonas.

A migração de povos indígenas para as cidades, com o intuito de elevar a consciência da existência de etnias, é um dos marcos enfrentados pelos governos. Há uma política de apoio, mas resultados estão longe do ideal. O resultado está na marginalização e favelização dos primeiros moradores da nossa região. 

O povo Omágua/Kambeba, considerado por sua vez, um das civilizações indígenas mais adiantadas da Amazônia. Há informações que já trabalhavam com cerâmica vitrificada muito antes dos povos marajoaras, no Pará. Inclusive, sendo os Omágua/Kambeba os repassadores desta tecnologia aos demais povos. Os Omágua/Kambeba também, no século 17, usavam vestimenta feita de algodão cru, cultivados próximo à tribo. 

O nome Kambeba vem do apelido dado pelo homem branco ao ver um povo que usava ornamento que deixava a cabeça com o aspecto achatado. Os Omágua/Kambeba foram considerados extintos por mais de 100 anos e, nos anos 80, ressurgiram no movimento de reafirmação de etnias na Amazônia.

Neste evento haverá o lançamento de do livro de poesia Kambeba e vídeos que retratam o mesmo assunto.
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SERVIÇO:
Evento:  Lançamento do livro “ AY KAKYRI TAMA” – EU MORO NA CIDADE -  Autora: Márcia Wayna Kambeba
Data de lançamento: 21/ 06/2013   
Horário:  18h
Local: Museu Amazônico. Rua Ramos Ferreira, próximo à Livraria Valer.

Programação do lançamento:
18h - Vídeo Institucional Aldeia Kambeba 5 min
18h10 - Apresentação do filme  “ Ser ou Não Ser”  15min. ( Leonardo Costa e Marcos César)
18h30 - Mesa redonda: (participação Márcia Wayna Kambeba, professora/antropóloga; dra. Deise Lucy e o líder Francisco Cruz da Costa (nome indígena urumã)

Resumo: a autora vai falar em que condições o livro foi escrito. A antropóloga vai falar sobre as interferências existentes no convívio do índio com a cidade. E o líder Francisco Uruma vai falar sobre a presença do canto, dança e literatura indígena.  Francisco Uruma teve destaque na Folha de São Paulo (21/04/2013 - Caderno Negócios, Empregos e Carreiras), como o indígena que desenvolve o processo de coaching para ser uma grande liderança na Amazônia.

19h - Lançamento do livro “ AY KAKYRI TAMA” – EU MORO NA CIDADE
19h30 - Sarau (poesia e música) apresentado pela tribo Tururukari-uka (Omágua/Kambeba)
20h – Coquetel

Contato autora: Mária Kambeba - Contato: 9220-9007
Ass. Comunicação: Marinaldo M. Guedes. Contato: 9257-3200