Placa de inauguração foi descerrada pelo governador Omar Aziz e o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo. Fotos: Alex Pazuello (Divulgação/Agecom) |
Ao inaugurar a Arena da Amazônia
Vivaldo Lima na tarde deste domingo, dia 9 de março, o governador Omar Aziz
ressaltou a importância da obra para a autoestima do povo amazonense. “Eu
espero que a população amazonense fique feliz e satisfeita em saber que nós não
podemos nos sentir menor do que ninguém. Mostramos que temos capacidade de
construir algo grandioso e demos uma demonstração muito clara de que somos
iguais a qualquer Estado brasileiro”, disse o governador, ao ressaltar que o
Governo conseguiu garantir os investimentos na arena sem comprometer outras
áreas.
“Mostramos que é possível fazer uma
obra desse porte e, ao mesmo tempo, fazer grandes investimentos na segurança,
na saúde e na educação”, disse. De 2010, quando assumiu o governo, para 2013,
os investimentos em segurança, por exemplo, saltaram de cerca de R$ 600 milhões
para mais de R$ 1,1 bilhão e o orçamento de 2014 para a área é de R$ 1,3 bilhão.
A Arena foi inaugurada com um
clássico regional entre o Nacional, de Manaus (AM), e o Remo, de Belém (PA), em
jogo válido pelas quartas-de-final da Copa Verde, para um público de 20 mil
torcedores, com empate de 2 a 2. O governador chegou cedo ao estádio, por volta
das 16h30, na companhia da presidente do Fundo de Promoção Social (FPS) e
primeira-dama do Estado, Nejmi Jomaa Aziz.
Por volta das 17h35, ao lado do
ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, e do vice-governador José Melo, ele
participou da cerimônia de descerramento da placa inaugural do estádio que vai
sediar quatro jogos da primeira fase da Copa do Mundo de 2014, em junho próximo
– Inglaterra x Itália (dia 14), Camarões x Croácia (dia 18), Estados Unidos x
Portugal (dia 22) e Honduras x Suíça (dia 25). Na mesma ocasião, foi feito o
lançamento do selo dos Correios alusivo à Manaus como uma das sedes da Copa de
2014.
A partida foi o primeiro teste da
arena para o Mundial e o governador chegou dizendo-se feliz e apreensivo, ao
mesmo tempo, uma vez que a funcionalidade do estádio estava sendo testada. “Vão
ter alguns problemas que a gente terá que corrigir ao longo do tempo. É como
construir a nossa casa. A gente só concluiu a obra quando se muda para dentro
dela e vamos fazendo os ajustes necessários”, comparou o governador, ao
reconhecer que o grande mérito da obra é do povo amazonense. “Se tem esforço de
alguém, é do povo amazonense que construiu essa beleza de obra. Eu espero que
ela possa dar grandes frutos para o futebol amazonense e para o Estado do
Amazonas”.
Para o ministro dos Esportes, Aldo
Rebelo, a Arena da Amazônia saiu-se bem em seu primeiro teste. “A recepção a
esse jogo é uma prova de que a Arena já tem condições de se submeter aos
eventos testes. Então, eu acho que o Amazonas, a Amazônia e o Brasil estão de
parabéns".
A Arena da Amazônia abre as portas
novamente no próximo sábado, com a partida entre Fast, de Manaus, e Princesa do
Solimões, de Manacapuru.
Arena recebeu 20 mil pessoas no jogo que serviu como primeiro teste no local |
Tranquilidade
O clima de tranquilidade marcou todo
o evento de inauguração da Arena da Amazônia, segundo informações da Secretaria
de Estado de Segurança Pública (SSP-AM), que coordenou toda a operação de
segurança através da Secretaria Executiva Adjunta de Grandes Eventos.
Foram registrados cinco Termos Circunstanciados
de Ocorrência (TCOs) registrados pela Polícia Civil, quatro por venda de
ingresso com preço superior, um por promoção de tumulto em local de evento
esportivo, todos crimes previstos no Estatuto do Torcedor, que prevê até dois
anos de detenção.
A segurança de todo evento mobilizou
2.520 homens, entre servidores da Segurança do Estado, Prefeitura e do Governo
Federal, com início da atuação no início da madrugada de domingo e vai
permanecer até a dispersão total do público após o jogo.
Para o secretário executivo de
grandes eventos da SSP-AM, coronel Dan Câmara, o clima de tranquilidade reflete
o planejamento e os esforços dos mais de 30 órgãos envolvidos na operação, que
vem sendo testada desde o Carnaval. “Instalamos mais de 20 pontos de verificação
policial em todo entorno do evento, limitando o acesso para os torcedores, por
isso o caso de ocorrências graves é zero”, avaliou Câmara.
Para reforçar o monitoramento do
acesso do público até o ambiente interno do estádio foi instalada, no lado externo
da Arena, uma plataforma de observação elevada com oito câmeras de alto
alcance, além do Centro Integrado de Comando e Controle Local (CICC-L), montado
na parte interna. O CICC-L monitorou 19 câmeras no perímetro de 1 quilômetro da
Arena. De acordo com Dan Câmara, neste jogo de estreia, pela primeira vez,
todas essas informações relacionadas à segurança de um grande evento, foram
compartilhadas através de uma ferramenta de sistema chamada Gênesis. “Essa
ferramenta permite o compartilhamento de informações em tempo real com todas as
12 cidades-sede, além do Centro Nacional Integrado de Segurança”, disse o
coronel, ao enfatizar que todo o plano de segurança foi observado por
representantes da Gerência Geral de Segurança da Fifa.
Público aprova Arena da Amazônia
A curiosidade em saber como ficou a
Arena da Amazônia foi um dos principais motivos que atraiu os mais de 20 mil
torcedores para o jogo entre Nacional e Remo. Pelo menos foi o que disseram
grande parte das pessoas ouvidas, como a técnica de enfermagem Francisca
Betânia, 41, que afirmou que este foi o primeiro jogo que ela assiste num
estádio. “Eu tinha que ver de perto a beleza desse estádio, ele ficou lindo”,
elogiou.
Para o industriário, Gervazio
Tavares, 39, que acompanha sempre os jogos do Nacional, desta vez conhecer a
Arena da Amazônia foi o que o trouxe ao jogo. Ele estava com a mulher e os três
filhos para prestigiar o jogo inaugural. “Meu filho faz aniversário por esses
dias e tenho certeza que ele vai lembrar que um dia o aniversário dele foi
comemorado junto com a inauguração da Arena da Amazônia”, comentou.
Vista aérea de um dos palcos da próxima Copa do Mundo. Foto: Chico Batata (Divulgação/Agecom) |
Voluntários na Arena da Amazônia
Trezentos estudantes da
Universidade do Estado do Amazonas (UEA) atuaram como voluntários na partida
inaugural da Arena da Amazônia. Conforme explicou a coordenadora geral,
Ozeneide Nogueira, a proposta é criar uma cultura do voluntariado que sirva
como legado da Copa do Mundo a cidade de Manaus. “Precisamos criar uma cultura
de voluntários, principalmente na questão dos jogos para orientar os torcedores
e espectadores a acharem seus assentos e a serem bem recebidos. Estamos
fazendo, hoje, um serviço de hospitalidade ao espectador, da recepção, na
chegada, até o seu assento”.
Ainda de acordo com Nogueira, o
preparo inicial vem sendo feito há uma semana. “Este trabalho está sendo uma
parceria com a UEA. Estamos com 300 voluntários e 30 coordenadores que
aceitaram este desafio de, rapidamente, montar uma equipe para vir receber os
torcedores para o dia da inauguração. Passamos a semana fazendo treinamento,
ambientação, comportamental, como bem receber, e hoje vamos à prática. O que
estamos fazendo aqui é criar uma cultura do voluntariado não só para hoje, para
a Copa e também deixar como legado para o Amazonas”, afirmou.
Também foi responsabilidade dos
voluntários orientar aos deficientes na Arena. Neste sentido, um dos
voluntários foi o cadeirante Herbert Souza, 31. “Meu trabalho é orientar quem
vai ocupar a área de cadeirantes. Trazê-los para o lugar certo. Participar disso
é histórico. Fazer o trabalho de acessibilidade é importante. Estou aqui para
testar este aspecto no estádio, fazer com que as pessoas cheguem e vejam que
tem lugar para elas. Para mim, está sendo muito gratificante esta oportunidade”.
Coordenado pela Secretaria de Estado
da Educação (Seduc), o Programa Amazonas Bilíngue disponibilizou 20 voluntários
que ficaram responsáveis pela orientação aos jornalistas. “Este é um programa
do departamento de gestão escolar, no qual os alunos do ensino médio das escolas
estaduais do Estado do Amazonas fazem curso de inglês. A turma que está com a
gente na inauguração da Arena da Amazônia é a turma que está no segundo ano do
curso de inglês. Eles vêm participar como voluntários, uma forma de dar este
apoio à inauguração da Arena, em parceria com a UGP Copa, onde eles vão dar
orientação aos jornalistas presentes”, explicou Kátia Mendes.
Saúde
Uma estrutura que incluiu quatro
ambulâncias na área interna e duas na parte externa da Arena, dois postos de
atendimento médico e uma equipe de 100 profissionais ficaram responsáveis pelas
ações de saúde na partida inaugural da Arena. Não foram registradas ocorrências
graves, informou o coordenador de um dos postos de atendimento médico, dr.
Clézio Noronha.
“A maioria dos atendimentos foi
devido às pessoas apresentarem dor de cabeça, por conta do clima abafado e
quente. As pessoas fazem grande pausa para se alimentar e chegam para o
atendimento com pressão baixa, muitas vezes. Muitos consomem alimento com muito
sal, gordura. Não tivemos nenhum caso grave, apenas um paciente foi conduzido a
uma unidade de saúde por apresentar ritmo cardíaco baixo”, disse Noronha.
A estrutura de saúde, como explicou o
diretor presidente da Fundação de Vigilância em Saúde, Bernardino Albuquerque,
contou com uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa),
Secretaria de Estado da Saúde (Susam), Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) e o
Corpo de Bombeiros. “Estamos dentro do estádio com quatro ambulâncias, fora do
estádio mais duas ambulâncias, dois postos de atendimentos dentro do estádio,
no nível zero, com os dois postos funcionando todos com pessoal capacitado para
emergência, e qualquer situação de necessidade de deslocamento para nossos
hospitais de referência. Estamos com cerca de 100 profissionais envolvidos
nesta operação, acreditamos que transcorrerá tudo bem, sem maiores incidentes”,
detalhou Albuquerque.
Fonte: Agência de Comunicação Social do Governo do Amazonas (Agecom)
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