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quinta-feira, 7 de março de 2013

Governo do Amazonas incentiva arquearia indígena visando às Olimpíadas de 2016

Superintendente da FAS, Virgílio Viana (à esquerda) e o secretário executivo da Sejel, Anderson Souza (à direita), no lançamento do projeto. Fotos: Divulgação/Agecom
O Governo do Amazonas lançou nesta quarta-feira, 6 de março, o projeto Arquearia Indígena, cujo intuito é profissionalizar a prática do tiro com arco entre os talentos de comunidades ribeirinhas e aldeias do Amazonas até as Olimpíadas de 2016, que acontecerão no Rio de Janeiro.

O projeto foi lançado juntamente com a inauguração da Escola de Arquearia Floresta Flecha, que, além de servir para profissionalizar os arqueiros indígenas, pretende alavancar a prática do esporte em todo Amazonas. O projeto é coordenado pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS), em parceria da Federação Amazonense de Tiro com Arco (Fatarco), Secretaria de Estado da Juventude Desporto e Lazer (Sejel) e Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind), que desempenha a função de recrutar arqueiros indígenas no Estado.

A iniciativa atende a uma recomendação do governador Omar Aziz de valorizar a cultura indígena por meio dessa prática esportiva milenar, que é o arco e flecha. O projeto também visa contribuir para o fortalecimento da equipe olímpica brasileira de arco e flecha com talentos da região.

“O tiro com arco é uma modalidade presente nas Olímpias desde o ano de 1900. Apesar do arco e flecha fazer parte da cultura indígena ainda não temos um representante nas competições mundiais. Esse projeto pretende justamente isso, provar que temos talentos natos nessa modalidade”, disse o superintendente da FAS, Virgílio Viana.

De acordo com o gerente de Cultura e Esporte da Seind, Rafael Costódio, o interior do Estado está repleto de talentos. Durante a primeira seletiva indígena de arco, realizada numa Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Negro, no último sábado (02/03), 17 jovens de 14 a 20 anos se destacaram na competição de tiro com arco a uma distância de 30 metros.

“Eles usaram arco produzido rusticamente por eles mesmos e flechas produzidas de tala de buriti. Nas primeiras tentativas eles conseguiram acertar o centro do alvo. Imagina esses talentos com um pouco de conhecimento técnico e equipamentos profissionais”, observou Rafael.
Rafael Costódio Tikuna (de blusa listrada) representou a Seind no evento, acompanhado de Ageu Sateré (à esquerda dele)

Rafael Costódio acrescentou, ainda, que as seletivas se estenderão para oito regiões do Estado que possuem comunidades indígenas. Os melhores arqueiros receberão alojamento e alimentação, além de treinamento intensivo entre aulas teóricas na sede da FAS e práticas, sob a coordenação da Sejel, na Vila Olímpica de Manaus, na avenida Pedro Teixeira, bairro Dom Pedro, zona oeste da capital.

Um dos primeiros aprovados na seletiva, Dreiam da Silva, 15, também foi um dos estreantes da Escola de Arquearia Floresta e Flecha. Ele experimentou os arcos profissionais utilizados nas competições olímpicas. O resultado foi excelente.

“O os arcos de metal são muito diferente do que nós estamos acostumados a usar, mas a habilidade com arco está no sangue, vai ser fácil superar a diferença”, disse.

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