Cestarias estavam entre as atrações na área indígena da feira. Fotos: Rafael Costodio Tikuna (Divulgação - Depi/Seind) |
A Secretaria de Estado para os Povos Indígenas
(Seind) divulgou nesta segunda-feira (dia 2), os números da participação
indígena na sétima edição da Feira Internacional da Amazônia (Fiam).
Após três dias de vendas, as organizações tiveram uma renda de R$ 27,6 mil, com
faturamento maior para a União das Mulheres Artesãs Indígenas do Médio Rio
Negro (Umai), que obteve R$ 10,7 mil, contra R$ 3,6 mil da segunda colocada, a
Associação das Mulheres Indígenas de Bom Caminho (Amatü), do município de Banjamin
Constant (a 1.116 quilômetros de Manaus).
Dezoito organizações indígenas participaram
efetivamente da 7ª Fiam (confira os números abaixo), com apoio do Governo do
Amazonas. Os expositores comercializaram pulseiras, brincos, cestarias, colares
e anéis (os mais procurados), entre outros, que são produzidos nas próprias
comunidades.
Toda a ação foi coordenada pela Seind, por meio da
câmara técnica “Sustentabilidade Econômica dos Povos Indígenas”, do Comitê
Gestor de Atuação Integrada entre o Governo do Amazonas e a Fundação Nacional
do Índio (Funai).
Indígenas de organizações de Manaus e do interior do Estado participaram do evento |
A 7ª Fiam foi organizada pela Superintendência da
Zona Franca de Manaus (Suframa) e realizado no período de 28 a 30 de novembro,
no Studio 5 Centro de Convenções.
Além de Benjamin Constant e São Paulo de Olivença,
do alto rio Solimões, o resultado das vendas vai beneficiar comunidades
indígenas que vivem em Manaus e nos municípios de Santa Isabel do Rio Negro e
São Gabriel da Cachoeira (a 858 quilômetros de Manaus), no alto rio Negro.
Produtos e o bom atendimento atraíram o público |
Mais
dias
Logo após o encerramento da feira, técnicos da Seind
e da Suframa se reuniram para fazer um balanço da participação indígena na
feira e uma das mudanças propostas pela secretaria é a ampliação no número de
dias do evento. A alteração atenderia aos próprios expositores indígenas.
“O ideal é que fosse realizado em mais tempo, até
porque é grande a quantidade de produtos levados à feira, principalmente do
interior do Estado”, informou o coordenador de Promoção Cultural, Esporte e
Lazer da Seind, Rafael Costodio Tikuna, que acompanha a atividade, por meio do
Departamento de Promoção dos Direitos Indígenas (Depi) da secretaria.
"Eles agradeceram a Seind pela participação e
se colocaram à disposição do órgão e das organizações para que a parceria
permaneça na próxima edição da feira”, concluiu Rafael Tikuna, que é do alto
Solimões.
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Balanço
final das vendas de produtos indígenas na 7ª Fiam
Posição
|
Associação
|
Povo beneficiado
(Localidade)
|
Total
de Vendas (Em R$)
|
1º
|
União
das Mulheres Artesãs Indígenas do Médio Rio Negro (Umai)
|
Arapasso,
Baré, Baniwa, Makú, Nadeb, Tukano, Pira-tapuia, Dessano, Tariano, Tuyuka,
Kanamari e outros.
(Santa
Isabel do Rio Negro
|
10.750
|
2º
|
Associação
das Mulheres Indígenas de Bom Caminho (Amatü)
|
Tikuna
(Benjamin
Constant)
|
3.660
|
3º
|
Associação
Arte Puranga Indígena do Rio Negro (AAPIRN) e Associação das Artesãs
Indígenas de São Gabriel (AASSAI)
|
23
povos
(São
Gabriel da Cachoeira
|
2.863
|
4º
|
Arte
Tukano
|
23
povos
(São
Gabriel da Cachoeira)
|
1.850
|
5º
|
Associação
das Artesãs Indígenas Residentes em Manaus (AAIRM)
|
Sateré-Mawé
(Redenção/Santos
Dumont)
|
1.755
|
6º
|
Associação
das Mulheres Indígenas Tikuna (Amit)
|
Tikuna
(Benjamin
Constant)
|
1.350
|
7º
|
Associação
das Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro (Amarn)
|
23
povos do rio Negro
(Manaus)
|
1.220
|
8º
|
Organização
de Mulheres Indígenas Sateré-Mawé de Manaus (Omism/Watyamã)
|
Sateré-Mawé
( - )
|
1.121
|
9º
|
Associação
das Mulheres Indígenas Sateré-Mawé (Amism)
|
Sateré-Mawé
(Redenção)
|
570
|
10º
|
Associação
das Artesãs Indígenas Tikuna de Campo Alegre (AITCA)
|
Tikuna
(São
Paulo de Olivença)
|
500
|
Demais associações
|
-
|
-
|
2.056
|
Total Geral
|
-
|
-
|
27.695
|
Fonte:
Seind
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