Técnicos das duas instituições em visita a uma das terras indígenas no Amazonas. Fotos: Rosa dos Anjos (Detno/Seind). Texto: Isaac Júnior (Ascom/Seind) |
Uma equipe da Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind) e do
Instituto Xavante estará na terra indígena Tenharín do Marmelos, na próxima
quarta-feira, dia 11 de fevereiro, para dar continuidade ao processo de
implantação de um plano de gestão ambiental na localidade. A permanência dos
técnicos no município de Humaitá (a 600 quilômetros de Manaus) terá a duração
de seis dias e servirá para que sejam iniciadas as entrevistas, elaboração do
plano de oficinas e o mapeamento dos castanhais.
A ação faz parte do Projeto de Gestão Ambiental Sustentável das Terras
Indígenas do Amazonas (IWI-PGASTIAM), que é executado pelo Governo do Amazonas,
por meio da Seind, e parceiros, com recursos do Banco Nacional de
Desenvolvimento Social e Econômico (provenientes do Fundo Amazônia).
O projeto prevê a implantação de dois planos de gestão. O outro é na
terra indígena Camicuã, em Boca do Acre (a 1.038 quilômetros de Manaus).
A consolidação da metodologia das atividades para a elaboração dos dois
planos foi apresentada na sexta-feira, dia 6 de fevereiro, em reunião realizada
na própria Seind.
Em janeiro passado, a equipe técnica esteve nas duas terras indígenas
para fazer o reconhecimento da área, a apresentação do grupo e o anúncio das
atividades propostas no projeto.
O grupo que viaja na terça e começa os trabalhos na quarta-feira, em
Humaitá, é formado por João Paulo Barreto (antropólogo), Claudiane Menezes
(bióloga) e José Fernando Barros (engenheiro ambiental), ambos do Instituto
Xavante; além de Rosa dos Anjos, que é técnica na Seind.
Conservação
Todas as ações previstas no IWI-PGASTIAM são realizadas pela Seind e
parceiros, por meio do Comitê Gestor de Atuação Integrada entre o Governo do
Amazonas e a Fundação Nacional do Índio (Funai).
As ações são voltadas ao controle, monitoramento e fiscalização
ambiental; zoneamento ecológico e econômico; conservação e uso sustentável da
biodiversidade, entre outros.
O objetivo é beneficiar aproximadamente 35 mil indígenas (de forma
direta e indiretamente), de 15 municípios (distribuídos em cinco regiões e
28 terras indígenas), na geração de trabalho, renda e inclusão social.
Potencial produtivo
A seleção das áreas e atividades prioritárias obedeceu as demandas
recebidas e o potencial produtivo de cada região, além de levar em conta como
prioridade, as regiões onde há iniciativas de sustentabilidade em andamento e
que carecem de fomento.
A construção do projeto começou em 2010 e teve um diálogo constante com
as comunidades indígenas. Várias consultas foram realizadas, com termos de
anuência encaminhados, para que as organizações participassem do processo.
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