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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Comitê Gestor de Atuação Integrada vai a São Gabriel da Cachoeira para ouvir indígenas



Secretário Bonifácio José (em pé, o segundo da direita para a esquerda), assessores, técnicos e vereadores que  participaram da reunião na Seind, que definiu pela ida de representantes das câmaras técnicas do Comitê Gestor a São Gabriel. Fotos: Ascom/Seind


Por: Isaac Júnior
Representantes das quatro câmaras técnicas que constituem o Comitê Gestor de Atuação Integrada entre o Governo do Amazonas e a Fundação Nacional do Índio (Funai) estarão em São Gabriel da Cachoeira (a 858 quilômetros de Manaus), entre o fim de março e início de abril, para ouvir as reivindicações das comunidades indígenas do município e socializar as ações que já estão previstas para o alto rio Negro em 2013. A agenda foi definida nesta quinta-feira (21), durante o segundo e último dia da reunião realizada na Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind), entre o titular da pasta, Bonifácio José Baniwa, técnicos do órgão, vereadores indígenas de São Gabriel, representantes da prefeitura do município e indígenas da comunidade de Iauaretê.

O plano de trabalho do Comitê Gestor para 2013 foi apresentado em janeiro passado e a proposta é responder ao máximo às reivindicações dos indígenas, com ações nas áreas de gestão ambiental e territorial; promoção; melhoria da qualidade de vida; e sustentabilidade econômica.

Nesta quinta-feira, a Seind assumiu o compromisso de organizar toda a programação do evento no município. “Vamos mobilizar as instituições parceiras e fazer a programação do encontro, com apoio dos próprios vereadores indígenas e da prefeitura do município”, informou o secretário da Seind. “Queremos priorizar o marco legal para a execução dos projetos”, definiu o vereador Éder Lopes (PP), que participou das discussões, ao lado dos parlamentares Gilmar Vieira, o Professor Gilmar (PTC), do povo Tukano; e Robenilson Otero (PRB), do povo Baré. A vereadora Diana Velasques (PSD), também Baré, não pôde comparecer à reunião.

O “Comitê Gestor Indígena” foi instalado em julho de 2011 e é composto de 52 instituições parceiras.   
Técnico da Seind, Jurandir Tenharín foi um dos que falaram dos projetos e ações desenvolvidos no Comitê Gestor

Amazonas Rural
Após receberem informações gerais sobre o Programa Amazonas Indígena e toda a trajetória de lutas e discussões que culminaram com a criação da própria Seind e do Comitê Gestor, os parlamentares de São Gabriel tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o Programa Amazonas Rural, na reunião desta quinta-feira.

A gerente do Programa da Agricultura Familiar Indígena da Secretaria de Estado de Produção (Sepror), Maria Auxiliadora Cordeiro, do povo Baré, lembrou que o programa é um dos carros-chefe do Governo do Estado entre as ações e projetos que hoje são desenvolvidos em benefício dos povos indígenas e ribeirinhos.
Maria Auxiliadora Baré explanou sobre os benefícios do programa Amazonas Rural
Mariazinha (como é conhecida) falou sobre Agricultura Familiar Indígena em comunidades e terras indígenas do rio Negro, cujas propostas de ações para 2013 serão apresentadas pela Sepror a prefeitos e secretários, no dia 6 de março, em reunião marcada para o Auditório João Bosco, na Escola do Legislativo, da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam). 

Vicinais
Entre essas ações estruturantes do programa destaca-se a recuperação de 4 mil quilômetros de vicinais, para o escoamento dos produtos. A foi apresentada junto a Sepror por comunidades como a de Iauaretê, localizada na terra indígena Alto Rio Negro, no extremo noroeste da Amazônia Brasileira, onde vivem mais de 3 mil indígenas.

Outra ação importante prevista para este ano é a contratação de 170 técnicos pelo  Projeto Residência Agrária, que foi criado para atender a necessidade e ampliar a geração de oportunidade e renda no interior do Estado. O projeto é um convênio da Sepror com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). “O projeto foi assinado este mês e é resultado da luta não somente dos indígenas, mas de todos os produtores rurais do Estado”, destacou Mariazinha. 

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