Vendas animam indígenas na 7ª Fiam

Superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira conferiu os produtos indígenas da feira. Fotos: Rafael Costodio Tikuna (Depi/Seind)

As sete primeiras horas de participação na Feira Internacional da Amazônia de 2013 (Fiam) renderam um faturamento de aproximadamente R$ 19 mil para os 23 expositores indígenas que participam do evento. Os números surpreenderam os próprios artesãos, que agora trabalham com a expectativa de triplicar o faturamento, tamanha é a receptividade do público em relação à variedade de produtos colocados à venda na tenda Pavilhão Amazônia, do Studio 5 Centro de Convenções.

Os expositores representam 22 organizações indígenas, de Manaus e do interior do Estado, que trabalham desde a tarde de quinta-feira (dia 28) na feira sob a coordenação da Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind), por meio da câmara técnica “Sustentabilidade Econômica dos Povos Indígenas”, do Comitê Gestor de Atuação Integrada entre o Governo do Amazonas e a Fundação Nacional do Índio (Funai).

O destaque do primeiro dia foi a União das Mulheres Artesãs Indígenas do Médio Rio Negro (Umai), que faturou R$ 6 mil. A associação trabalha com produtos de piaçava, cerâmica e biojoias, oriundos do município de Santa Isabel do Rio Negro (a 631 quilômetros de Manaus). Somados às cestarias, que vêm do alto Solimões, os objetos chamam a atenção de quem passa pelo local de exposição.

Um deles foi o próprio superintendente da organizadora do evento, a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Thomaz Nogueira.

"Ele visitou os estandes e pôde conferir que são objetos que agradam os visitantes”, informou o coordenador de Promoção Cultural, Esporte e Lazer da Seind, Rafael Costodio Tikuna, que acompanha a atividade, por meio do Departamento de Promoção dos Direitos Indígenas (Depi) da secretaria.

Preços

Os produtos indígenas na 7ª Fiam são comercializados a preços que variam de dois a cem reais.

Alguns dos produtos indígenas comercializados na 7ª Fiam

Indígena do povo Baré e representante da Umai, Délia Veloso levou mil peças para a 7ª Fiam. Os anéis e colores são os mais procurados. “A feira passada foi fraca para nós, mas este ano estamos indo muito bem”, comemorou a expositora.     

Participação

O encerramento da 7ª Fiam está previsto para este sábado (dia 30), às 22h. A área indígena é composta por expositores de Manaus e entorno; do alto Solimões, que estão representados pela Associação das Mulheres Indígenas de Bom Caminho (Amatu) e a Associação das Mulheres Indígenas Tikuna (Amit), ambas no município de Benjamin Constant (a 1.116 quilômetros de Manaus); e do rio Negro, das organizações indígenas Wariró, Associação Arte Puranga Indígena do Rio Negro (AAPIRN) e Associação das Artesãs Indígenas de São Gabriel (Assai), todas em São Gabriel da Cachoeira (a 858 quilômetros de Manaus). 

Estande da Seind recebeu um bom público na quinta-feira (dia 28)