Manoel Moura Tukano era bastante ativo dentro do movimento indígena. Foto: Divulgação |
Referência entre as principais lideranças do
movimento indígena no Amazonas, o tukano Manoel Moura morreu no domingo (dia 3)
em Manaus, aos 61 anos de idade. A causa da morte não foi divulgada, mas Manoel
deixou um legado importante na construção e estruturação desse movimento, com
passagem importantes em entidades como a Coordenação das Organizações Indígenas
Brasileira (Coiab), da qual foi o primeiro coordenador em 1989, além de ajudar
diretamente na criação da Associação das Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro
(Amarn).
Ultimamente, uma das atividades de Manoel Moura era
realizar palestras em defesa da Amazônia e as riquezas da região, entre as
quais minério, madeira, petróleo e a terra.
Em junho deste ano, Manoel esteve na Secretaria de
Estado para os Povos Indígenas (Seind), acompanhado do indígena chileno Rodolfo
Funes Mapuche, para agradecer o apoio institucional do Governo do Amazonas na
projeção, em nível internacional, da Federação Indígena pela Unificação e Paz
Mundial (Fiupam).
Recebido pelo secretário Bonifácio José (centro), quando esteve na secretaria ao lado do também indígena Rodolfo Funes Mapuche |
“Foi um grande parceiro na criação da Coiab e sempre
sonhou com um grande movimento entre países amazônicos, que se consolidou
depois com a Coica (Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica)”,
destacou o também líder indígena e amigo pessoal de Manoel Moura, Orlandino
Baré.
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