A Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind) é um dos organismos governamentais e não governamentais que participarão da Conferência Internacional Lige, Economia Verde: Implicações Legais e Institucionais. O evento começa nesta quarta-feira, dia 29, às 9h, no Tropical Hotel Manaus. No dia seguinte, por volta das 10h25, o secretário em exercício da Seind, José Mário Mura, vai puxar o debate sobre o conhecimento tradicional indígena frente a biopirataria.
Com inscrições gratuitas e vagas limitadas, o Lige 2011 tem o objetivo de debater, com profissionais e acadêmicos (inclusive indígenas), as implicações legais e institucionais da criação e implementação da economia verde. A coordenação é do professor doutor Raul Gouvêa, da Universidade do Novo México.
A Seind vai expor o painel “Estratégias de Proteção dos Conhecimentos Tradicionais Indígenas como Forma de Combate a Biopirataria em Terras Indígenas”, com o intuito de promover discussões e gerar argumentos em defesa dos conhecimentos tradicionais indígenas, conhecidamente vulneráveis às práticas da biopirataria no Estado do Amazonas.
A proposta é utilizar o espaço na conferência para estimular, no público em geral, o interesse cada vez mais aprofundado pelas questões relacionadas aos povos e comunidades indígenas. “O evento é de suma importância para que a sociedade envolvente possa conhecer melhor as políticas públicas desenvolvidas junto aos povos indígenas e para que a sociedade possa implantar e implementar novos projetos e programas para as comunidades indígenas do Amazonas”, justifica José Mário.
O debate pretende apresentar as estratégias de proteção e promoção dos conhecimentos tradicionais utilizadas, com destaque para a percepção e a experiência indígena nesse contexto.
Nesse sentido, o coordenador do Projeto de Arranjo Produtivo do Artesanato Indígena do Alto Solimões (da Seind com o Ministério da Integração Nacional), Rafael Costódio, irá apresentar uma experiência com produção de artesanato posta em prática por indígenas tikunas no Alto Solimões. Eles têm conseguido colocar os produtos no mercado, mas estão pedindo o registro dos saberes tradicionais relacionados ao modo de fazer do artesão tikuna.
Entre os tópicos que também farão parte da discussão desta quinta-feira está o “Projeto Cartografia Social da Amazônia”, que será apresentado pelo professor mestre Emmanuel de Almeida Farias Júnior, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam); e a “Estratégia de Combate à Biopirataria em Terras Indígenas, com Henrique Tremante de Castro, do Ibama.
Projeto
Um dos trabalhos da Seind voltados para a proteção dos conhecimentos tradicionais é o projeto “Novos e Velhos Saberes: uma interlocução de práticas tradicionais e científicas de cuidados com a saúde indígena no Vale do Javari”. Elaborado pela secretaria, o projeto foi o único do Amazonas a ser aprovado pelo Conselho Gestor de Direitos Difusos do Ministério da Justiça, na categoria Projetos Prioritários.
A ação visa beneficiar mais de 2 mil indígenas de Atalaia do Norte (a 1.138 quilômetros de Manaus), no Alto Solimões, e resulta numa maior valorização dos conhecimentos tradicionais para uma vida mais saudável.
Programação
Dia 30/6 (quinta-feira)
10h25 às 11h30
Tópico: “O Conhecimento Tradicional Indígena frente a Biopirataria”.
Expositor: Amarildo Machado (Assessor da Seind).
Tópico: “Estratégias de Proteção dos Conhecimentos Tradicionais Indígenas como
Forma de Combate a Biopirataria em Terras Indígenas”.
Expositor: José Mário dos Santos, secretário em Exercício da Seind.
Tópico: “Projeto Cartografia Social da Amazônia”.
Expositor: Professor mestre Emmanuel de Almeida Farias Júnior (Ufam).
Tópico: “Uma Experiência Indígena com Produção de Artesanato”.
Expositor: Rafael Costódio, coordenador do Projeto de Arranjo Produtivo do
Artesanato Indígena do Alto Solimões – Seind/MI.
Tópico: “Estratégia de Combate à Biopirataria em Terras Indígenas.
Expositor: Henrique Tremante de Castro (Ibama).
Nenhum comentário:
Postar um comentário