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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Seind e organizações expõem produtos indígenas na 6ª Feira Internacional da Amazônia


Secretário Bonifácio José prestigiou a participação indígena na feira. Fotos: Rafael Costodio
Por: Isaac Júnior 

A Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind) é uma das instituições governamentais a marcar presença na sexta edição da Feira Internacional da Amazônia (Fiam). Por meio da Coordenação de Promoção de Cultura, Esporte e Lazer do órgão, a secretaria conseguiu articular a presença de 15 organizações indígenas no evento. Todas ocupam espaço na tenda instalada numa área do Studio 5 Centro de Convenções, com exposição de produtos como brincos, colares, aneis e pulseiras.

A ação faz parte da política de etnodesenvolvimento da Seind, nos eixos de Produção e Negócios Sustentáveis e Fortalecimento das Organizações Indígenas. Esta é a segunda participação da secretaria no evento, que é organizado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), com apoio do Sebrae.
Visitantes conferem as novidades dos indígenas na Fiam

Outra atração levada pelos indígenas à feira é o artesanato em geral, produzido dentro das próprias aldeias. O visitante pode conferir materiais como peneira, tipitis, balaias, cestarias e até pintura em grafismo. Os preços variam de 5 a 250 reais por cada produto.  

“A Seind conseguiu o espaço para que nossos irmãos indígenas possam divulgar e comercializar o que estão produzindo, dentro de um acontecimento tão importante como é a Fiam”, justificou o servidor Rafael Costodio Tikuna, que faz parte do Departamento de Promoção dos Direitos Indígenas (Depi) da secretaria e coordena a participação dos expositores indígenas no evento.    

Benefício
Entre as organizações que participam da Fiam/2011 estão a Associação Comunidade Wotchimaucu (ACW), a Associação de Mulheres Indígenas Sateré Mawé (Amism), a União das Mulheres Artesãs Indígenas do Médio Rio Negro (Umai) e a Associação Comunidade Waykiru.

A presença dos indígenas de entidades como a Umai, por exemplo, dá ideia aproximada de quanto esse tipo de atividade é importante, pois tudo o que é produzido e comercializado pela organização beneficia diretamente e indiretamente mais de 10 mil pessoas, dos povos Baré, Baniwa, Arapasso, Tukano e Maku Nadeb.
Produtos têm chamado a atenção de quem passa

‘Concorrência salutar’
Motivada em fechar bons negócios, a tikuna Célia Rozindo veio de Santo Antônio do Içá (a 888 quilômetros de Manaus), no Alto Solimões, trazendo na bagagem o que de melhor é produzido pela comunidade Betânia.
Vizinha de Célia, Lindalva Zagury trouxe da comunidade Feijoal, em Benjamin Constant, redes e bolsas de tucum, tururis, máscaras e miniaturas de objetos feitos de madeira. A única preocupação dela é com a concorrência. “Além de o espaço ser pequeno, temos que disputá-los com os indígenas de Manaus”, disse Lindalva, acompanhada de mais três conterrâneos que também trabalham para levar resultados positivos para 40 famílias tikunas de Feijoal.

Quem também veio do interior do estado com a mesma expectativa foi Eudes Batista, do Conselho Geral da Tribo Sateré Mawé (CGTSM), em Parintins (a 325 quilômetros de Manaus). Bem pertinho dele está o estande de André Sateré que, apesar de também reconhecer as dificuldades em poder comercializar em meio à tanta coisa boa, já havia conseguido faturar alguns reais nos dois primeiros dias de feira para a Associação Waykiru, do bairro Redenção, na Zona Centro-Oeste de Manaus. “Conseguimos duzentos reais”, disse ele, na tarde desta sexta-feira, entre colares, peneiras, aneis e urutus (cestos).         

A Fiam começou na quarta-feira (26) e vai até este sábado.
Alguns materiais são novidades para algumas pessoas

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