A exemplo do que já ocorre com a castanha (em Alvarães e Uarini) e a banana (em Autazes), o puxuri é outro produto que começará a ser comercializado pelos indígenas com apoio do Governo do Amazonas. Aproximadamente 12 toneladas dessa semente aromática e de propriedades medicinais estarão disponíveis para comercialização ainda no primeiro semestre deste ano, no município de Maraã (a 681 quilômetros de Manaus), mais precisamente na Terra Indígena Maraã/Urubaxi.
O projeto de atuação na área entrou na pauta de discussão e deverá ser elaborado pela Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind), a pedido da Associação das Mulheres Indígenas do Médio Solimões e Afluentes (Amimsa).
A proposta é buscar meios que facilitem a procura para um produto da floresta que é abundante naquela região do rio Japurá, cuja área corresponde a 94 mil hectares.
Quase 300 indígenas do povo Kanamari vão ser beneficiados diretamente com a ação, de acordo com a Seind. “Hoje a oferta do puxuri é grande, mas não há comprador, por isso eles nos procuraram para pedir o apoio”, informou Zuza Cavalcante, da Coordenação de Programas e Projetos da Seind.
Os preços vão ser tratados diretamente com os próprios indígenas, que também têm potencial para a produção de castanha e óleo de andiroba em Maraã.
A Amimsa foi criada há 15 anos e regularizada juridicamente a partir de 2009. Coordenada por Ercília Veira, do povo Tikuna, a organização trabalha na defesa dos direitos das mulheres indígenas e apoia a questão da geração de renda nas comunidades.
O puxuri é extraído de uma planta e é geralmente usado como propriedade medicinal no tratamento de insônia, cólica, diarreia, gases, incontinência urinária e outros. As sementes cheirosas formam a essência aromática do produto.
Quem quiser saber mais sobre o puxuri e até comprar o produto dos indígenas de Maraã (AM), basta ligar para (92) 8275-6599 e 9403-2206 e falar com o próprio Zuza.
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