Coordenadora geral de Promoção dos Direitos Sociais da Funai, Fabiana Melo esteve na Seind na segunda-feira (28), para acompanhar discussões. Fotos: Divulgação/Seind |
Por: Isaac Júnior
O fortalecimento
das cadeias produtivas que abrangem o manejo do pescado e da castanha em
comunidades indígenas está entre as ações consideradas prioritárias pela câmara
técnica de “Sustentabilidade Econômica dos Povos Indígenas”, a número 4 do
Comitê Gestor do Plano de Atuação Integrada entre o Governo do Amazonas e a
Fundação Nacional do Índio (Funai), para execução a partir deste ano. O plano
de trabalho que define essas ações começou a ser socializado esta semana com as coordenações regionais da instituição no
Estado.
Nesta
terça-feira (29), em reunião coordenada pela Secretaria de Estado para os Povos
Indígenas (Seind) no auditório do Sindipetro, no Centro de Manaus, os representantes
da Funai puderam contribuir com sugestões para o plano de atuação integrada.
Uma das
principais ações da câmara técnica 4 é o fortalecimento da cadeia produtiva do
pescado. Ao identificar o potencial das comunidades indígenas nesse campo, a
câmara providenciará todo o procedimento para que os planos sejam executados,
com a realização de oficinas e, consequentemente, mapeamento e vigilância dos
lagos, além da contagem dos peixes. “Nesse caso, as organizações precisam estar
constituídas e/ou regularizadas para que também possam receber os benefícios e
ter plano de manejo regularizado”, observou o técnico da Seind, Zuza
Cavalcante, do povo Mayoruna.
Técnico da Seind, Zuza Cavalcante apresentou as propostas da câmara 4, nesta terça-feira (29) |
Zuza lembrou que
localidades como Jutaí, já possuem um trabalho avançado de manejo de pesca, mas
a meta é estender a ação para outros municípios com grande potencial, como Atalaia
do Norte, São Paulo de Olivença, Tonantins e Tapauá.
Curso de capacitação de mapeamento dos lagos no Alto Solimões |
Castanha
A cadeia
produtiva da castanha também ganha atenção especial da câmara técnica. Municípios
como Nhamundá, que já possui um trabalho iniciado com os indígenas, vão
continuar recebendo atenção. Mas, a proposta é avançar também em Tefé,
Alvarães, Coari, Boca do Acre, Maraã, Japurá, Amaturá e Manicoré. “Já definimos
para a primeira quinzena de julho, uma agenda em Manicoré, onde a discussão da
cadeia produtiva será feita com indígenas e não indígenas”, informou o chefe do
Departamento de Etnodesenvolvimento da Seind e coordenador da câmara Gestão
Ambiental e Territorial das Terras Indígenas, Cristiano Oliveira. As outras
duas câmaras que formam o comitê são de Promoção dos Povos Indígenas e de
Qualidade de Vida dos Povos Indígenas.
Contribuição
As reuniões que
vão fechar todo o planejamento de ações do comitê prosseguem até a próxima
sexta-feira (1º.), com apoio técnico da Cooperação Técnica Alemã GIZ. Durante esse
período, as coordenações regionais da Funai também irão contribuir com as demais
câmaras técnicas, inserindo propostas de ações oriundas do plano estratégico de
ação da própria Funai, apresentado pela instituição no dia 19 de abril deste
ano, durante a primeira reunião do
Comitê Gestor em 2012.
A Funai tem seis
coordenações regionais, cujas sedes funcionam em Humaitá (rio Madeira), Lábrea
(rio Purus), São Gabriel da Cachoeira (rio Negro), Tabatinga (Alto Solimões), Atalaia
do Norte e Manaus.
Parceria
Presidido pela
Seind, o Comitê Gestor Indígena foi instituído pelo decreto estadual número
31.052/10 e instalado em julho do ano passado, com a proposta de implantar e
implementar ações nas áreas de educação, saúde, meio ambiente, manejo de
recursos naturais, pesquisa, esporte e outros. Hoje, a instância tem a
participação de 52 instituições parceiras, entre as quais o Senar, Idam,
Sepror, ADS, Proderam e Coiab, que integram a câmara 4 e estiveram
representadas na reunião desta terça-feira.
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