Pesquisar este blog

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Simpósio discute criação de Universidade Indígena


Álvaro Tukano é um dos que defendem a criação da Universidade Indígena. Foto: Isaac Júnior

Vinte e três povos de cinco famílias lingüísticas participam desde a última segunda-feira (12) do 1º Simpósio Internacional “Diálogos Interculturais na Fronteira Pan-amazônica”, na maloca da entidade, localizada no município de São Gabriel da Cachoeira (a 858 quilômetros de Manaus). Organizado em parceria entre a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn), o evento prossegue até esta quinta-feira (15).

O Simpósio é financiado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), com a proposta de um amplo debate que objetiva a construção da Universidade Indígena no Alto Rio Negro.

Os indígenas também trabalham para constituir um Conselho de Ética Indígena com vistas à regularização e ao acompanhamento de projetos e pesquisas nas terras indígenas do Rio Negro.

De acordo com o líder Álvaro Tukano, a criação da Universidade Indígena do Rio Negro é produto de vários pensamentos de líderes autênticos, que sempre buscaram autodeterminação para desenvolver suas comunidades. “Esse desenvolvimento pode ser cultural, científico e tecnológico”, observa Álvaro. “Nossa cultura não é de Ipanema, Avenida Paulista, Copacabana, nem Maracanã – que não tem ecologia como temos em nosso estado e que a Seind trabalha para preservá-la –, daí a importância dos governantes darem esse espaço em que os indígenas decidem o que fazer”, acrescentou.

Além dos Tukanos, também participam do evento os povos Aruak, Yanomami, Maku, Ineuxi, Apaporis e representantes indígenas de Venezuela e Colômbia, entre lideranças tradicionais, de associações de base, professores, alunos e outros.

A meta, de acordo com os organizadores, é que a nova universidade seja construída o mais breve possível.

Nenhum comentário:

Postar um comentário