Indígenas no percurso das trilhas, feito em dois dias. Fotos: Divulgação/Seind |
Realizado entre os dias 1º e 5 deste
mês, em Manacapuru (a 84 quilômetros de Manaus), o curso Manejo de Trilhas em
Terras Indígenas deixou impressões positivas entre os integrantes das cinco
comunidades que participaram da atividade. Durante o encerramento, os
participantes do curso e o anfitrião e tuxaua da aldeia Fortaleza do Patauá,
João Francelino, do povo Apurinã, reconheceram o esforço que o Governo do
Amazonas tem feito para melhorar o turismo naquela região do Estado,
principalmente após o advento da Ponte Rio Negro.
De acordo com o líder indígena, a
realização do encontro e as informações passadas vão ajudar no dia a dia da
comunidade. “Eles já tinham noção do que era trilha, mas gostaram da
metodologia, de como proceder ao receber o turista”, informou o técnico da
Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind), Cláudio Pequeno Apurinã,
que acompanhou os trabalhos, ao lado da bacharel em Turismo e instrutora do
curso pelo Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), Idânia Martins.
Instrutura do Cetam, Idânia Martins (à direita) ministrou as aulas teóricas |
Após a aula teórica na Escola Cultural
da Aldeia Fortaleza do Patauá, os indígenas andaram durante dois dias, de forma
alternada, para percorrer as trilhas elaboradas. Os percursos e horários foram
estabelecidos durante os dias de oficina.
Participantes mostram o percurso elaborado e seguido por eles durante o curso |
À noite, todos participaram de uma
dança tradicional, que foi puxada pelo próprio João Francelino. “Parabenizo a
participação das outras etnias, outras comunidades e estamos de braços abertos
para os que desejarem visitar nossa aldeia”, disse o tuxaua, emocionado com a
presença dos “parentes”.
Momento de descontração, com direito à dança puxada pelo tuxaua João Francelino |
Cinco comunidades
O curso reuniu 15 indígenas e fez parte
do calendário de ações programadas pelo Governo do Amazonas, em cumprimento às
condicionantes indígenas para atendimento ao Programa de Compensação e
Mitigação da Ponte sobre o Rio Negro.
Além de Fortaleza do Patauá, o curso
Manejo de Trilhas em Manacapuru reuniu indígenas das comunidades Jatuarana, São
Francisco do Guiribé, São Francisco do Patauá e Sahu-Apé, que representam os
povos Apurinã, Sateré-Mawé, Kambeba e Tikuna.
Vista parcial da aldeia Fortaleza do Patauá, cujo ambiente é altamente favorável ao turismo |
Calendário continua
A partir desta quarta-feira (10) e até
o dia 15 deste mês serão realizados, em São Francisco do Guiribé, os cursos
“Elaboração de Projetos” e “Resgate e Melhoria da Qualidade do Artesanato”.
Cada um terá a participação de 20 indígenas. Ambos fazem parte da Câmara de número
3 do Comitê Gestor de Atuação Integrada entre o Governo do Amazonas e a
Fundação Nacional do Índio (Funai), intitulada Melhoria da Qualidade de Vida
dos Povos e Comunidades Indígenas.
Além de Seind e Cetam, os cursos
realizados em Manacapuru têm o apoio do Distrito Especial de Saúde Indígena
(Dsei/Manaus), da Funai, das organizações indígenas envolvidas e da Secretaria
Municipal de Educação de Manacapuru (Semed).
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