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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Seind divide responsabilidades na execução de projeto da piaçava com a SDS


A Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind) começou a dividir responsabilidades com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), na execução de ações que possam colocar em funcionamento a cadeia produtiva da piaçava. Nesta segunda-feira (22), técnicos da Seind e da Fundação Vitória Amazônica estiveram em Barcelos (a 396 quilômetros de Manaus) para apresentar o projeto “Apoio à dinamização da Cadeia Produtiva da Piaçava” a indígenas e não indígenas do município, membros do colegiado do Território da Cidadania Indígena do Rio Negro.

O objetivo do projeto é atender a demandas dos próprios extrativistas, com ações que deverão ser executadas naquela região do Estado como ação do Território da Cidadania, um programa do Governo Federal que trabalha para promover o desenvolvimento econômico e sustentável de forma integrada com estados e municípios.

Outra reunião idêntica irá ocorrer nesta quinta-feira (25), em São Gabriel da Cachoeira (a 858 quilômetros de Manaus), com a presença de representantes do colegiado dos Territórios do próprio município e de Santa Isabel do Rio Negro. “Tanto a Seind, quanto a SDS integram o Comitê Técnico da Piaçava, com a responsabilidade de provocar a animação política, a partir de reuniões como esta que ocorreu em Barcelos”, informou o chefe do Departamento de Etnodesenvolvimento da Seind (Detno), Cristiano Oliveira, que enviou um técnico do órgão até Barcelos e São Gabriel para realizar as reuniões.

Origem
A piaçava é um nome de origem tupi que significa planta fibrosa. No Amazonas, ela é encontrada naturalmente na região do médio e alto rio Negro, tendo Barcelos como principal produtor. Também pode ser vista em municípios como Santa Isabel do Rio Negro, São Gabriel da Cachoeira e Japurá. Nos dois primeiros, a ocorrência é maior, principalmente entre indígenas do povo Yanomami.

Desafio
Trabalhar com piaçava ainda é um grande desafio. Além de passar muito tempo acampado na floresta, o extrativista muitas vezes precisa conviver com endemias como malária e doença de chagas para realizar o trabalho. Apesar do problema, uma das alternativas é efetuar parcerias entre as instituições para o manejo e o enriquecimento da piaçava, mais próximo às comunidades.

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