A Secretaria de Estado
para os Povos Indígenas (Seind) começou a dividir responsabilidades com a
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), na
execução de ações que possam colocar em funcionamento a cadeia produtiva da piaçava.
Nesta segunda-feira (22), técnicos da Seind e da Fundação Vitória Amazônica
estiveram em Barcelos (a 396 quilômetros de Manaus) para apresentar o projeto
“Apoio à dinamização da Cadeia Produtiva da Piaçava” a indígenas e não
indígenas do município, membros do colegiado do Território da Cidadania
Indígena do Rio Negro.
O objetivo do projeto
é atender a demandas dos próprios extrativistas, com ações que deverão ser
executadas naquela região do Estado como ação do Território da Cidadania, um
programa do Governo Federal que trabalha para promover o desenvolvimento
econômico e sustentável de forma integrada com estados e municípios.
Outra reunião idêntica
irá ocorrer nesta quinta-feira (25), em São Gabriel da Cachoeira (a 858
quilômetros de Manaus), com a presença de representantes do colegiado dos
Territórios do próprio município e de Santa Isabel do Rio Negro. “Tanto a
Seind, quanto a SDS integram o Comitê Técnico da Piaçava, com a
responsabilidade de provocar a animação política, a partir de reuniões como
esta que ocorreu em Barcelos”, informou o chefe do Departamento de
Etnodesenvolvimento da Seind (Detno), Cristiano Oliveira, que enviou um técnico
do órgão até Barcelos e São Gabriel para realizar as reuniões.
Origem
A piaçava é um nome de
origem tupi que significa planta fibrosa. No Amazonas, ela é encontrada
naturalmente na região do médio e alto rio Negro, tendo Barcelos como principal
produtor. Também pode ser vista em municípios como Santa Isabel do Rio Negro,
São Gabriel da Cachoeira e Japurá. Nos dois primeiros, a ocorrência é maior,
principalmente entre indígenas do povo Yanomami.
Desafio
Trabalhar com piaçava
ainda é um grande desafio. Além de passar muito tempo acampado na floresta, o
extrativista muitas vezes precisa conviver com endemias como malária e doença
de chagas para realizar o trabalho. Apesar do problema, uma das alternativas é
efetuar parcerias entre as instituições para o manejo e o enriquecimento da
piaçava, mais próximo às comunidades.
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