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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Curso de Agente Ambiental para indígenas forma segunda turma em São Paulo de Olivença



Indígenas capacitados no curso realizado em São Paulo de Olivença. Fotos: Divulgação/Seind
Assessorado por um técnico da Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind), que trabalhou na tradução da língua tikuna para o português e vice-versa, um grupo de 35 indígenas concluiu o curso de Agente Ambiental Voluntário, este mês, no município de São Paulo de Olivença (a 988 quilômetros de Manaus). A atividade foi referente à segunda turma do curso e reuniu jovens, caciques, professores e agentes de saúde, durante nove dias, no Centro de Formação Jesus Missionário. Agora, eles estão capacitados para trabalhar com as questões ambientais naquela região do Estado do Amazonas.

O evento fechou a programação de cursos do projeto Gestão e Manejo dos Recursos Pesqueiros nas Terras Indígenas Eware 1 (pronuncia-se Evaré) e Eware 2 em 2012. O objetivo é combater a pesca desenfreada, a caça ilegal e o contrabando de filhotes de peixes ornamentais, além de apoiar o manejo comunitário dos recursos pesqueiros, suprir o consumo local do produto nas comunidades e comercializar o excedente a preços mais justos. 

Com a capacitação, os indígenas vão poder trabalhar na área de fiscalização e preservação de lagos e atuar como multiplicadores na educação ambiental. A ação beneficia 9 mil indígenas de forma indireta, dos povos Tikuna, Kokama, Kambeba e Caixana, distribuídos entre São Paulo de Olivença e Tabatinga.
Atividade teve vários trabalhos de grupo e foi realizada com tradutor tikuna

Criado em 2009
Com valor total de R$ 608 mil – financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas e oriundos do Banco Mundial (Bird) – e idealizado pela Associação dos Caciques Indígenas de São Paulo de Olivença (Acispo), o projeto é resultado de uma parceria entre a Seind e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

O curso Agente Ambiental em São Paulo de Olivença foi executado pelo Centro Estadual de Unidade de Conservação (Ceuc), que é uma instância da Secretaria de Estado do Meio Ambiente Sustentável do Amazonas (SDS), em parceria com a Seind e o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).

A ação no município integra o plano de trabalho da câmara “Sustentabilidade Econômica dos Povos Indígenas”, do Comitê Gestor de Atuação Integrada entre o Governo do Estado e a Fundação Nacional do Índio (Funai).

Ao longo do projeto também já foram realizadas atividades como oficinas de Gestão e Manejo de Pesca, cujo benefício abrange a mais de 40 aldeias, entre as quais Campo Alegre, Santa Inês, Nova União, Vera Cruz e Bom Jesus.

Tradução
A Seind tem prestado apoio técnico a todas as atividades executadas desde o início do projeto. Uma delas é a própria tradução do que é passado aos indígenas. “Nós traduzimos tudo e o resultado foi positivo, pois as lideranças puderam se manifestar e discutiram novo planejamento para o próximo ano”, informou um dos integrantes do Departamento de Etnodesenvolvimento da Seind (Detno), Rafael Costodio Tikuna.

Ao final do curso em São Paulo de Olivença, os participantes receberam certificado, equipamentos como mochila, jaleco, crachá e chapéu com identificação, para atuação direta em campo.

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