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terça-feira, 30 de abril de 2013

Comunidades indígenas do Vale do Javari e alto Solimões recebem mutirão de cirurgias e consultas

Ação tem a presença de 22 médicos, de acordo com o Ministério da Saúde. Foto: Divulgação/Ministério da Saúde
Um hospital de campanha com centro cirúrgico e equipamentos modernos instalado em plena Floresta Amazônica vai realizar 250 cirurgias e mais de 2 mil atendimentos a uma comunidade que reúne 52 mil indígenas entre 26 de abril e 4 de maio. A ação é fruto de uma parceria entre o Ministério da Saúde e a organização sem fins lucrativos Expedicionários da Saúde, que disponibilizaram a infraestrutura e os profissionais voluntários para realizar o mutirão de cirurgias e consultas médicas numa área de difícil acesso, o Vale do Javari e o Alto Rio Solimões.  O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acompanhou de perto a ação no último dia 27, na Aldeia Santa Inês, no município de São Paulo de Olivença (AM), no alto Solimões.

“O grande esforço do Ministério da Saúde é levar a saúde mais perto dos povos indígenas, nas aldeias. Para isso, nós construímos várias parcerias – com o Ministério da Defesa, para a grande campanha de vacinação, tanto da gripe quanto das outras vacinas, e parcerias com médicos voluntários e organizações não governamentais para mutirões de cirurgias, de exame e de atendimento aos povos indígenas.”

Em nove dias, 22 médicos de diversas especialidades vão realizar cirurgias de cataratas, pterígios, hérnias, além de intervenções ortopédicas, ginecológicas e plásticas restauradoras para reparar lesões deformantes, defeitos congênitos ou adquiridos. Todos os 47.185 habitantes das 274 aldeias do Alto Rio Solimões e os 4.955 habitantes das 105 aldeias do Vale do Javari passaram por triagem. O mutirão complementa os atendimentos realizados em pelo Ministério da Saúde às populações indígenas assistidas pelos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) da região.

Os atendimentos serão feitos por cinco cirurgiões gerais, cinco oftalmologistas, cinco anestesiologistas, dois clínicos gerais, dois pediatras, dois ginecologistas, um ortopedista. Além dos médicos, quatro odontólogos, uma farmacêutica e dez enfermeiras. Haverá também uma equipe de logística e apoio, composta por 12 voluntários.

INFRAESTRUTURA 
A infraestrutura para o mutirão é composta por tendas com isolamento térmico, ar condicionado, monitores cardíacos, tubos de oxigênio para emergências, bisturis elétricos, aventais e campos cirúrgicos descartáveis, bem como instrumentos esterilizados. Além disso, os sete municípios da região disponibilizaram 16 embarcações para transporte dos pacientes até o hospital de campanha e uma equipe de 110 profissionais multidisciplinares de saúde indígena para dar o suporte ao mutirão.

EXPEDICIONÁRIOS DA SAÚDE 
Qualificada como OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), a Expedicionários da Saúde foi criada em 2002, quando um grupo de amigos, formado por médicos e executivos, em viagem ao Pico da Neblina (AM) tiveram a oportunidade de conhecer uma aldeia Yanomami. A partir de então, surgiu a ideia de usar a experiência profissional deles para melhorar a qualidade de vida da população indígena daquela região.

O grupo realiza um serviço complementar aos programas existentes de atendimento à saúde indígena e regiões isoladas, levando medicina especializada.

Esta é a 25ª expedição do gênero que o grupo realiza desde a sua fundação, no ano de 2002. Desde então, a instituição já realizou mais de 3.087 cirurgias e 18.055 consultas, passando por vários municípios e comunidades. Em 2012, a ação dos expedicionários aconteceu na terra indígena Raposa Serra do Sol em Roraima. A prioridade é sempre para áreas indígenas de difícil acesso.

Fonte: Ministério da Saúde

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