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domingo, 21 de abril de 2013

Público prestigia evento em celebração ao Dia do Índio e Dia do Exército

Ponta Negra recebe grande público para celebrar evento. Fotos: Ascom/Seind

Músicas populares e clássicas, cantos e danças indígenas, disparos de canhões e demonstração de operações militares na selva, como desarticular e combater o tráfico de drogas nas fronteiras do Amazonas, marcaram as comemorações relativas ao “Dia do Índio” e “Dia do Exército Brasileiro”, sábado (20), no Anfiteatro da Ponta Negra. Um grande público compareceu ao local para prestigiar o espetáculo, que marcou o segundo dia de atividades da terceira edição do Abril Cultural Indígena.
Momento da abordagem e destruição do alvo (drogas). Várias pessoas se aglomeram para ver tudo
O evento foi resultado da parceria entre o Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind) e a Secretaria de Estado de Cultura (SEC), com o Comando Militar da Amazônia (CMA) e a Prefeitura Municipal de Manaus.

Antes das demonstrações feitas pelo Exército acerca de um problema que também tem afetado diretamente a vida dos povos indígenas no Estado, o público pôde conferir a apresentação do Hino Nacional Brasileiro na língua nativa, interpretado pela cantora indígena Djuena Tikuna, além de uma sequência de músicas conhecidas do povo brasileiro e de boi-bumbá, apresentada com ‘maestria’ pela Banda do CMA.
Djuena Tikuna interpreta o Hino Nacional Brasileiro acompanhada da Banda do CMA

Os músicos empolgaram a plateia, principalmente no momento em que uniram o instrumental à harmonia dos sons da floresta, durante a apresentação do Grupo Indígena Bayaroá. “Que coisa linda!”, suspirou o técnico em informática, Maurício Rocha. “O som da banda puxa a sequência de músicas e se mistura ao som da mata, das flautas indígenas, e a dança tradicional completa tudo. Fantástico”, definiu Maurício.
Bem ensaiado, Grupo Bayaroá e músicos da Banda do CMA deram um show

Artesanato
O palco do anfiteatro foi todo decorado e mesclado com temas militares e indígenas. Bem próximo ao local, no calçadão da Ponta Negra, os organizadores instalaram barracas para que os populares também prestigiassem a “Feira de Exposição e Comercialização de Produtos Indígenas”. Técnicos da Seind se revezaram no local durante todo o dia e à noite, para garantir que nada faltasse aos expositores, sob a coordenação da chefe do Departamento de Promoção dos Povos Indígenas (Depi) do órgão, Rose Meire Barbosa.
Rose Meire, acompanhada dos artistas indígenas da noite. Entre eles, Netinho Tikuna (à direita dela, de branco e cocar), que não pôde se apresentar por causa de problemas técnicos constatados antes do show dele

Entre os artesãos, uma figura em especial chamou a atenção de quem passava pelo local. Era o artista plástico e músico José Tikuna. Acompanhado da filha e do instrumento conhecido como charango, ele se revestiu de música indígena e tocou de tudo um pouco. Zé Tikuna (como é conhecido) trocou o ‘velho’ ritual que costuma apresentar pelo corpo a corpo, na expectativa de atrair mais pessoas para a barraca dele. “A gente resolve se caracterizar em eventos com este, porque é assim que as pessoas gostam de nos ver”, justificou.
Irreverente e muito simpático, Zé Tikuna chama a atenção do público e da imprensa

Para o industriário Cláudio Ferreira, que costuma ir à Ponta Negra todos os fins de semana, a noite estava bem diferente das anteriores. E a explicação foi simples: “Eu vinha andando nessa direção e fiquei surpreso com tanto soldado e índios, o que considero uma coisa legal, porque é o mês deles, né!?”, definiu o visitante.  

Canhões
Em meio à demonstração de desembarque e assalto ribeirinho, em que os militares utilizaram toda a área anexa ao anfiteatro para “desarticular a ação de traficantes”, a Banda do CMA apresentou ainda o concerto “Abertura 1812/Overture”, de Tchaikovsky. O evento foi finalizado com disparos de canhões e uma pequena apresentação de Djuena Tikuna.
Tiros de canhões marcam o encerramento do evento
Fogos de artifício completam a festa
No domingo (21), a feira de artesanato com produtos indígenas funcionou durante todo o dia e entrou pela noite, marcando o encerramento do Abril Cultural Indígena em Manaus. A programação continua no interior do Estado e prossegue até o dia 1º. de maio (ver programação abaixo).
Além de prestigiar o artesanato, jovens têm recebido informações sobre as ações que hoje são desenvolvidas pelo Governo do Amazonas em benefício dos indígenas. É o caso da quarta edição do informativo Pusika Puranga, da Seind, que na foto é distribuída pelo servidor Emerson, do Departamento de Administração do órgão 


3º Abril Cultural Indígena 
Interior do Amazonas  
DATA
LOCAL
ATIVIDADE
27 a 30/03
São Paulo de Olivença
Seminário das Lideranças Indígenas do Alto Solimões.
15 a 21/04

Lábrea
Semana de Promoção Cultural e dos Direitos dos Povos Indígenas do Purus.
19/04
Santo Antônio do Içá
Semana dos Povos Indígenas de Vila Betânia.
19 e 20/04
Novo Airão
Resgatando a Cultura Indígena dos Povos Airãoense.
20 e 21/04
Comunidade indígena Fortaleza do Patauá, em Manacapuru
8º Jogos Indígenas de Manacapuru e Iranduba.
20 a 22/04
Terra Indígena Kwatá Laranjal, em Borba
Festival Cultural e Esportivo do Povo Munduruku.
27 e 28/04
Entorno de Manaus
Semana do Índio na Comunidade Livramento.
27/04 a 1/05
Belém do Solimões, em Tabatinga
3º Festival Indígena Eware.

Fonte: Seind

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