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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Diretor e liderança atuante da Foirn morre em São Gabriel da Cachoeira (AM)



Erivaldo tinha 37 anos e era querido entre os indígenas de São Gabriel. Foto: Foirn

A Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind) informa, com pesar, a morte do líder indígena Erivaldo Almeida Cruz, do povo Piratapuia, ocorrida na madrugada desta quinta-feira (11), no município de São Gabriel da Cachoeira (a 858 quilômetros de Manaus). Erivaldo tinha 37 anos e foi diretor da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn) por oito anos. Era natural do Distrito de Iauaretê, na região dos rios Waupes e Papuri, afluentes do rio Negro, na fronteira com a Colômbia. 

Atuante defensor dos direitos constituintes dos indígenas em áreas como a saúde e o desenvolvimento sustentável, Erivaldo participou de eventos importantes como a Rio+20 em 2012, onde compôs mesa como colaborador e expositor sobre a temática “Plano Setorial de Cultura Indígena”.

No evento internacional, ele encontrou-se com representantes de organizações governamentais e não governamentais e contribuiu no debate em prol dos indígenas que vivem em Iauaretê.

Parceiro de luta de Erivaldo, o titular da Seind, Bonifácio José Baniwa, lamentou a morte do indígena. “As palavras são poucas para expressar a gratidão, o respeito e a amizade que sentimos pelo parente Erivaldo”, disse. “Além de liderança, ele foi um amigo querido, fiel colega de tantas lutas nesses caminhos da nova história indígena”, destacou.

Para Bonifácio, a morte de Erivaldo representa uma grande perda não somente para os familiares, mas para a própria historiografia do movimento indígena do rio Negro e do Brasil. “A ida dele, antes do tempo, deixa uma lacuna imensa, porém tmos certeza que sua memória será honrada com o mantimento do trabalho que ele mesmo construiu, plantando uma semente que cresce em cada canto do rio Negro”, finalizou o secretário.

Outro que lamentou a morte de Erivaldo foi o diretor da Foirn, Renato da Silva Matos. “Era um homem atuante e acreditava na força dos povos indígenas, principalmente na luta por benefícios para a vila”, disse ele, por telefone, de São Gabriel.    

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