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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Indígenas articulam Encontro Morogita Kagwahiva em Humaitá


Foto: Divulgação
Entre os dias 21, 22 e 23 de outubro a cidade de Humaitá será palco do Encontro de Lideranças do Movimento Indígena Morogita Kagwahiva de Vários Estados do Brasil. Por meio de ampla articulação dos povos indígenas da região do Alto Madeira, o evento intenta reunir e mobilizar as lideranças de diversas parte do país para discutir temas providenciais para o cenário indígena brasileiro.

Projetos de lei e propostas de emenda constitucional que tramitam no Legislativo Nacional são pautas do Encontro, como também as experiências de povos que foram atingidos por grandes hidrelétricas, como as do Xingu, ou as hidrelétricas Jirau e Santo Antônio localizadas no estado de Rondônia.
 
Essas experiências ajudarão nos encaminhamentos dos indígenas da região, preocupados com a construção da Usina Hidrelétrica Tabajara que está sendo projetada para o Rio Machado – Ji Paraná, prevista para 2014 e inclusa na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC II).

São esperadas cerca de 100 lideranças da região atendida pela CR Madeira, além de grupos vindos de Rondônia e de outros estados do Brasil. Para além do próprio movimento indígena, a realização do evento recebe o apoio de diversos parceiros, entre ONGs que atuam no sul do Amazonas, a Rede de Educação Cidadã (Recid), e a própria FUNAI através da CR Madeira.

Foi eleita em assembleia uma câmera técnica composta por indígenas articuladores e a Assistente da CR Madeira, cujo papel é de recolher e sistematizar informações sobre o cenário geral das questões pautadas para discussão durante o Encontro, articular os convidados, as parcerias e colher material sobre outras experiências de obras que causam impactos aos povos indígenas da Amazônia.

Ao longo do mês de setembro membros da câmara técnica participaram de duas viagens para a articulação do Encontro Nacional com o intuito de garantir a participação de indígenas de diferentes etnias do estado de Rondônia e assim potencializar o debate durante os dias do evento. Uma equipe foi para Guajará-Mirim e cumpriu agenda com lideranças indígenas e membros do governo. A outra foi para Porto Velho, Ji-Paraná e Cacoal, onde há outros povos que foram e serão atingidos por essas grandes obras que visam uma aceleração do crescimento econômico, custosos ao ambiente e aos povos que neles habitam.

Esta mobilização ocorre justamente no momento em que os povos indígenas de todo o país estão se organizando para defender seus direitos constitucionais conquistados em 1988. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) está convocando os povos do Brasil para uma grande mobilização em Brasília entre os dias 30.09 e 05.10, data em que serão lembrados os 25 anos de promulgação da Constituição Federal de 1988.

Fonte: Coordenação Regional do Madeira - Funai


 

 

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