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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Governo do Amazonas lança programa de Revitalização da Produção da Borracha em Santa Izabel do Rio Negro



O Governo do Amazonas, por intermédio da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), lança nesta terça-feira, dia 20 de novembro, às 18h, no município de Santa Izabel do Rio Negro (a 630 quilômetros de Manaus), o programa de Revitalização da Produção da Borracha no Estado. A solenidade acontecerá na Comunidade Indígena do Cartucho, reunindo as etnias Baré, Tucano, Nadeb, Baniwa, Arapaço e Piratapuia. Na ocasião, será ministrado um curso de Boas Práticas de Extração de Látex e será feita a entrega de 100 kits sangria para extrativistas indígenas do município de Santa Izabel.

A revitalização da produção de borracha natural está entre as principais ações do programa Amazonas Rural, lançado em julho deste ano com a proposta de promover ações de fomento à atividade extrativista florestal não madeireira. Serão beneficiados com o programa da borracha 28 municípios, que, no total, receberão dois mil kits sangria, nesta primeira fase. O programa pretende inserir comunidades indígenas do Alto Rio Negro dos municípios de Santa Izabel, São Gabriel da Cachoeira e Barcelos.

A meta do Governo do Amazonas é fortalecer a cadeia de valor da borracha natural, com o aumento da produção e melhoria da qualidade do látex, visando atender a demanda de mercado regional e nacional, gerando benefícios sociais, econômicos e ambientais para as comunidades tradicionais envolvidas na produção de borracha no Estado. “Será mais uma alternativa econômica a partir do uso sustentável da floresta, gerando emprego e renda a produtores de borracha. É desta forma que o Governo do Estado trabalha, criando oportunidades e promovendo melhoria na qualidade de vida dos povos da floresta”, explica o secretário de Produção Rural do Amazonas, Eron Bezerra.

Ações do programa 
Abertura de estradas de sangria; aquisição e doação de kits sangria; construção de casas para seringueiros nas colocações; construção de galpões flutuantes para armazenamento da borracha nas regiões do Juruá, Purus e Madeira; aquisição de embarcações para escoar a produção; ampliação e fortalecimento do serviço de assistência técnica e extensão florestal diferenciada aos extrativistas; capacitação em boas práticas na coleta do látex, manejo dos seringais e noções de associativismo e cooperativismo para as comunidades extrativistas inseridas no Programa; além da utilização de tecnologias para ampliação e melhoria da qualidade da borracha, com adensamento e melhoramento dos seringais, são os desafios do programa, que agora conta com fabricação de equipamentos em escala comercial no Amazonas. Apenas a lanterna e a faca não são produzidas pela fábrica no Amazonas.

Primeira fase
Na primeira fase do programa, que tem o apoio do Conselho Nacional das Populações Extrativistas, serão atendidas duas mil famílias no Amazonas. A produção atual do Estado é de 800 toneladas ao ano, mas o mercado da borracha vive um momento promissor. O produto é matéria-prima para mais de 40 mil artigos. Cerca de 70% de toda a borracha natural consumida no mundo é destinada a produção de pneus. A borracha do Amazonas também se transformará em pneus de motocicletas e bicicletas no Polo Industrial de Manaus.

O preço da borracha pode variar de R$ 4,91 a R$ 5,91, incluindo subvenção do Governo Federal e do Governo do Amazonas. Para revitalizar a produção de borracha, o Amazonas que já foi conhecido como a Paris dos Trópicos, graças à riqueza do látex até o fim do século 19, vai investir em transferência de tecnologia e capacitação de mão-de-obra.

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