O
Governo do Amazonas, por intermédio da Secretaria de Estado da Produção Rural
(Sepror), lança nesta terça-feira, dia 20 de novembro, às 18h, no município de
Santa Izabel do Rio Negro (a 630 quilômetros de Manaus), o programa de
Revitalização da Produção da Borracha no Estado. A solenidade acontecerá na
Comunidade Indígena do Cartucho, reunindo as etnias Baré, Tucano, Nadeb,
Baniwa, Arapaço e Piratapuia. Na ocasião, será ministrado um curso de Boas
Práticas de Extração de Látex e será feita a entrega de 100 kits sangria para
extrativistas indígenas do município de Santa Izabel.
A
revitalização da produção de borracha natural está entre as principais ações do
programa Amazonas Rural, lançado em julho deste ano com a proposta de promover
ações de fomento à atividade extrativista florestal não madeireira. Serão
beneficiados com o programa da borracha 28 municípios, que, no total, receberão
dois mil kits sangria, nesta primeira fase. O programa pretende inserir
comunidades indígenas do Alto Rio Negro dos municípios de Santa Izabel, São
Gabriel da Cachoeira e Barcelos.
A
meta do Governo do Amazonas é fortalecer a cadeia de valor da borracha natural,
com o aumento da produção e melhoria da qualidade do látex, visando atender a
demanda de mercado regional e nacional, gerando benefícios sociais, econômicos
e ambientais para as comunidades tradicionais envolvidas na produção de
borracha no Estado. “Será mais uma alternativa econômica a partir
do uso sustentável da floresta, gerando emprego e renda a produtores de
borracha. É desta forma que o Governo do Estado trabalha, criando oportunidades
e promovendo melhoria na qualidade de vida dos povos da floresta”, explica o
secretário de Produção Rural do Amazonas, Eron Bezerra.
Ações
do programa
Abertura de estradas de sangria; aquisição e doação de kits
sangria; construção de casas para seringueiros nas colocações; construção de
galpões flutuantes para armazenamento da borracha nas regiões do Juruá, Purus e
Madeira; aquisição de embarcações para escoar a produção; ampliação e
fortalecimento do serviço de assistência técnica e extensão florestal
diferenciada aos extrativistas; capacitação em boas práticas na coleta do
látex, manejo dos seringais e noções de associativismo e cooperativismo para as
comunidades extrativistas inseridas no Programa; além da utilização de
tecnologias para ampliação e melhoria da qualidade da borracha, com adensamento
e melhoramento dos seringais, são os desafios do programa, que agora conta com
fabricação de equipamentos em escala comercial no Amazonas. Apenas a lanterna e
a faca não são produzidas pela fábrica no Amazonas.
Primeira fase
Na primeira fase do programa,
que tem o apoio do Conselho Nacional das Populações Extrativistas, serão
atendidas duas mil famílias no Amazonas. A produção atual do Estado é de 800
toneladas ao ano, mas o mercado da borracha vive um momento promissor. O
produto é matéria-prima para mais de 40 mil artigos. Cerca de 70% de toda a borracha
natural consumida no mundo é destinada a produção de pneus. A borracha do
Amazonas também se transformará em pneus de motocicletas e bicicletas no Polo
Industrial de Manaus.
O preço da borracha pode variar de R$ 4,91 a
R$ 5,91, incluindo subvenção do Governo Federal e do Governo do Amazonas. Para
revitalizar a produção de borracha, o Amazonas que já foi conhecido como a
Paris dos Trópicos, graças à riqueza do látex até o fim do século 19, vai
investir em transferência de tecnologia e capacitação de mão-de-obra.
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