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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Seind presta assessoria técnica para regularização de entidade representativa dos indígenas em Manacapuru e Iranduba



Presidente da Aucimi, Lucemir Batata (à esquerda) entrega estatuto à técnica da Seind Rosa dos Anjos. Fotos: Divulgação/Seind

Em mais uma iniciativa que visa fomentar o etnodesenvolvimento e levar ações transversais conjuntas a 64 povos indígenas, o Governo do Amazonas começou a prestar assessoria técnica à Associação da União das Comunidades e Aldeias Indígenas de Manacapuru e Iranduba (Aucimi), que foi criada na última sexta-feira (23), com o objetivo de articular o ecodesenvolvimento sustentável e a revitalização da cultura nas comunidades localizadas nos dois municípios. A diretoria da Aucimi foi recebida no início desta semana por técnicos da Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind) para agilizar a regulamentação do estatuto da nova entidade.

A assembleia que criou a mais nova organização indígena do Estado do Amazonas foi realizada na aldeia Sahu-Apé, localizada no quilômetro 37 da Rodovia Manoel Urbano (que liga Manaus a Manacapuru), com a participação de aproximadamente 40 lideranças indígenas de oito comunidades. O evento fechou a semana de trabalhos que começaram no dia 19, quando os indígenas receberam o curso de associativismo executado pela própria Seind. “A pedido das próprias comunidades, concluímos a primeira etapa e agora partimos para esta nova fase, que é de apoio jurídico, com análise do estatuto, e apoio técnico para registro do documento em cartório, com vistas à regularização da entidade”, informou o coordenador de Programas e Projetos da Seind, Zuza Cavalcante, que é indígena do povo Mayoruna.
Detalhe da Aldeia de Sahu-Apé, onde a assembleia foi realizada

As duas atividades em Sahu-Apé fazem parte do cronograma que tem sido cumprido pelo Governo do Amazonas este ano, em resposta às condicionantes ambientais indígenas para atendimento ao Programa de Compensação e Mitigação dos Impactos Ambientais da Ponte Rio Negro.

A ação é da câmara técnica “Melhoria da Qualidade de Vida dos Povos e Comunidades Indígenas”, do Comitê Gestor de Atuação Integrada entre o Governo do Amazonas e a Fundação Nacional do Índio (Funai), e beneficia mais de 200 indígenas dos povos Tikuna, Apurinã, Sateré-Mawé e Kambeba, de comunidades como São Francisco do Guiribé, São Francisco do Patauá, Fortaleza do Patauá e Jatuarana, em Manacapuru; e Sahu-Apé, de Iranduba (a 25 quilômetros de Manaus).

Diretoria
A primeira coordenação da Aucimi tem como presidente, o indígena sateré-mawé Lucemir da Silva Freitas, atual coordenador de articulação da Associação Indígena  Sahu-Apé (Aisa). O vice é Ozemar Kambeba, da comunidade de Tururukari-Uka, localizada no quilômetro 47 da Rodovia Manoel Urbano (que liga Manaus a Manacapuru). Ambos têm como secretário, Felipe dos Santos Cruz Kambeba, e como tesoureiro, Renato Kambeba, ambos de Tururukari-Uka.

O mandato é de quatro anos e a sede da entidade deverá funcionar em Manacapuru. “O local ainda vai ser definido, mas estamos firmes na luta para fazer com que benefícios cheguem às nossas comunidades”, disse Lucemir Freitas, mais conhecido como Lucemir Batata.

Próxima ação
O cronograma de atividades prossegue em dezembro, na comunidade São Francisco do Guiribé (Manacapuru), com o Curso de Gestão Administrativa e Financeira e a participação de 15 indígenas. “Vamos aproveitar esse curso para articular, com as comunidades, os projetos que deveremos fazer em parceria com a Seind”, informou o presidente da Aucimi.
Lucemir vai ouvir comunidades para que projetos sejam criados
    

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