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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

'Fundo verde' e Protocolo de Kyoto seguem com entraves na COP 17


Sul-africanos tentam 'aparar arestas' de um dos objetivos da conferência. Reunião sobre mudanças climáticas em Durban teve seu 4º dia nesta quinta.

Dennis Barbosa  
Do Globo Natureza, em Durban

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 17) em Durban, na África do Sul, chegou ao seu quarto dia nesta quinta-feira (1º) ainda sem que ficassem mais claros os possíveis resultados das negociações.

A proposta de funcionamento do “fundo verde”, que deve financiar ações de adaptação às mudanças climáticas e a redução de emissões de gases-estufa nos países em desenvolvimento, foi apresentada na quarta-feira, com apoio da União Europeia. O objetivo é que o fundo canalize US$ 100 bilhões ao ano às nações pobres a partir de 2020.

No entanto, EUA, Arábia Saudita, e a Alba (bloco que inclui oito países latino-americanos, entre eles Venezuela, Cuba, Bolívia e Equador), questionaram a proposta apresentada, o que levou a presidente da COP 17, a sul-africana Maite Nkoana-Mashabane, a convocar nova conversa informal entre as partes, para tentar chegar a um denominador comum.

Um dos problemas do fundo é que, mesmo que sua forma de funcionamento seja definida, não está claro ainda com quanto os países contribuirão. Também há um impasse em relação a quem deverá controlar o destino do dinheiro.

Kyoto
Outras consultas informais (fora do plenário) estão sendo mantidas entre a União Europeia e o G77+China, para tentar conseguir um consenso em relação aos compromissos futuros de corte de emissões de gases-estufa que os países deverão assumir.

As nações em desenvolvimento querem uma renovação do Protocolo de Kyoto, único acordo que obriga parte dos ricos a cortar emissões. Mas os europeus querem discutir esse novo período de compromisso dentro de um novo acordo que inclua países emergentes, a ser posto em funcionamento até 2020.

O negociador-chefe do Brasil, André Corrêa do Lago, disse que o Brasil negocia conjuntamente com o G77, grupo do qual faz parte, mas escuta com atenção a proposta europeia. “Qualquer coisa que fortaleça o Protocolo de Kyoto interessa ao Brasil”, disse.
A vice-coordenadora da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, Sonia Guajajara, critica a Usina de Belo Monte na Conferência do Clima. "Dizer que vai gerar energia limpa é inverdade", disse, num evento convocado por uma organização para discutir a conservação florestal e as ações do governo do Brasil. (Foto: Dennis Barbosa/G1)

      

Fonte: G1


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